quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

"O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DE JESUS"



TEXTO ÁUREO
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré
 com o Espírito Santo e com virtude,
 o qual andou fazendo o bem, 
e curando a todos os oprimidos do Diabo,
 porque Deus era com Ele”
Atos 10.38

VERDADE PRÁTICA
Assim com o ramo depende da vida do tronco para produzir fruto, o crente em Cristo depende do Espírito Santo para isto.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 13.12-17

OBJETIVOS
Após esta aula, seu aluno estará apto a:
Compreender que o fruto em Cristo é perfeito.
Estabelecer a diferença entre a natureza do fruto em Cristo e no crente.
Relacionar o amor de Cristo ao fruto do Espírito.

OBJETIVOS
Certa vez Jesus exortou os seus discípulos: “…Aprendei de mini…”. Ao contrário do que muitos ensinam, a ênfase do aprendizado não estava unicamente em seus ensinos, mas em seu caráter: “…porque sou manso e humilde de coração…”. Jesus não somente ensinava, mas também fazia (At 1.1). Podemos até esquecer as palavras de um amigo, todavia, sempre nos lembraremos de suas ações. O caráter santo e perfeito de Cristo ensina tanto quanto suas palavras Ele e o nosso modelo do que dizer, fazer, e acima de tudo, ser. “Eu vos dei o exemplo” (Jo 13.15).
Nesta lição estudaremos o fruto do Espírito revelado nos ensinos, atos e relacionamentos de Jesus. Ele e a fonte e o modelo do ideal de caráter e santidade que Deus deseja implantar no crente por meio da ação do Espírito Santo.

I. A NATUREZA DO FRUTO NA PESSOA DE CRISTO

ENFASE
CRISTO
ALUNO
SABER
Filho Unigênito de Deus
Filho adotivo de Deus
FAZER
A vontade do Pai
A vontade de Cristo
SER
Amoroso, manso, humilde
Amoroso, manso, humilde

A manifestação do fruto do Espírito na pessoa de Cristo e diferente da operação do Espírito Santo no crente regenerado, “pois não lhe dá Deus o Espírito por medida” (Jo 3.34). Isso referente a Cristo.

1. O fruto do Espírito manifestou-se em Cristo perfeito.
No crente isto se dá progressivamente. Jesus e o Santo Filho de Deus (Lc 1.35), tentado, mas sem pecado (Hb 4.15; 1 Jo 3.5). Ele e o Cordeiro imaculado (1 Pe 1.19), o Justo (1 Pe 3.18) cujos lábios falaram a verdade (1 Pe 2.22). Em sua natureza humana, o Senhor dependia completamente do Espírito Santo a fim de executar a vontade do Pai e frutificar. Seu nascimento foi através do Espírito (Lc 1.35); na tentação, estava cheio do Espírito (Lc 4.1); foi ungido pelo Espírito (Lc 4.18); fazia a obra do Pai mediante o Espírito (Lc 7.20; Mt 12.28), e se alegrava no Espírito (Lc 10.21). Toda a sua vida terrena expressava um caráter santo e irrepreensível. Ver também Mt 12.17,18, sobre Jesus e o Espírito Santo.

2. O fruto do Espírito comprovado em Cristo não representa apenas a ausência do mal, mas também a expressão total do bem. 
Ele e perfeito, jus¬to, sem macula, impecável, mais sublime do que os céus (Hb 7.26). Em sua humanidade santa, Jesus não somente venceu o mal, mas também praticou o bem (At 10.38; Lc 6.9-10). No caso do cristão, não basta ele deixar de viver em pecado conhecido; ele precisa ao mesmo tempo praticar sempre o bem. Dai não haver ninguém justo aos olhos de Deus (Rm 3.10). Ver também Ec 7.20; Lc 18.19.

II. AS DUAS VIDEIRAS

1. A Videira Judaica.
 A alegoria de João 15 retoma a temática da frutificação espiritual de Israel (Is 5.1-7; S1 80.8-19: 0s 10.1). Esta nação tornou-se uma- vide infrutífera. O Senhor havia plantado uma semente absolutamente pura, contudo, os longos verões tornaram a planta degenerada, improdutiva (Jr 2.21. Rm 10.21). O fruto revela a natureza e o estado da árvore. Por conseguinte, os ramos  não produziriam um fruto distinto daquele comunicado pela seiva da videira: “Toda árvore má produz maus frutos” é a lei natural e espiritual segundo Jesus (Mt 7.17; Dt 32.32,33). Em condições naturais, e à parte de Cristo, o homem só origina obras da carne (GI 5.19-21; Rm 7.18). Como Israel, se nos isolarmos de Deus. conceberemos apenas obras que contrariem a justiça e a santidade divina (Rm 8.7; 10.3).

2. A videira cristã.
 Na Antiga Aliança, enfatiza-se a relação do agricultor com a videira. Porém, o Novo Pacto ressalta a da videira com seus ramos. No primeiro. Deus, pelo seu amor, constitui Israel como nação. No segundo, Cristo, mediante sua graça, a Igreja (Ef 1.22,23. Agora a figura da videira não representa a nação judaica e a sua prole, nem simboliza uma instituição, mas a pessoa de Jesus Cristo.

III. AMOR – A FONTE DO FRUTO NA VIDA DE CRISTO

1. O amor, expressão divina.
 Esta virtude ée a essência da vida cristã. É maior do que a fé, a esperança (1 Co 13.13), e os dons espirituais (1 Co 12.31; 13.8-10). Procede de Deus (1 Jo 4.7), ou melhor, é a expressão do próprio Deus (1 Jo 4.8). O amor divino é imensurável (Jo 3.16), demonstrado em Cristo (Rm 5.8) e está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5). Cristo é o amor encarnado, a própria personificação do amor perseverante, doador e sacrifical (Jo 1.14; 15.9-13; 13.1; 2 Co 8.9). É o amor que tanto nos move a viver de acordo com o padrão divino quanto impulsiona para exercitar o amor (2 Co 5.14). O cristão torna-se mais parecido com Cristo no amor do Espírito (Cl 1.8). Se o nos¬so amor e uma extensão do amor de Cristo, frutificaremos abundantemente em casa, no trabalho, na escola, na lavoura, na igreja - um fruto não apenas decente, mas também deiscente, isto é, que, ao atingir a maturidade, se abre, espalhando suas sementes sobre os campos.

2. O amor de Cristo e o fruto do Espírito.
 O amor é a chave de ouro para abrir a porta da frutificação espiritual. Exemplificado em 1 Coríntios 13, é o segredo para a existência, perenidade e evidencia do fruto em sua plena manifestação no crente (GI 5.22).
Um paralelo entre Coríntios e Gálatas revela que Cristo, como personificação do amor de Deus, manifestava todo o fruto do Espírito. O fruto de Gálatas 5.22 e visto em 1 Coríntios 13.1-7:
a) Amor. Não busca o seu próprio interesse, não é egocêntrico (v.4; Jo 6.38).
b) Alegria. Não se alegra com a injustiça, mas com a verdade (v.6; Lc 10.21).
c) Paz. Não se exaspera, nem se irrita, mas e sereno, mesmo nas dificuldades (v.5; Jo 14.27).
d) Longanimidade. É paciente, tudo sofre e suporta (vv.3,4; Mt 26.41-45). -
e) Benignidade e Bondade. É generoso, bondoso, sacrifical, benigno (vv. 3,4; Mt 15.32).
f) Fé. Tudo crê; isto é, nunca desiste; confia em Deus e nos homens (v.7; Hb 3.1,2).
g) Mansidão. É manso, não é egoísta e nem soberbo (v.4; Mt 11.29).
h) Temperança. Não se porta com indecência, indelicadeza, impropriedade; possui domínio próprio (v.5; Mt 27.11-14).
O amor de Deus em nós reúne em si todas as virtudes indispensáveis para a frutificação espiritual. É o fruto na sua excelência!

CONCLUSÃO
As palavras, os atos, enfim, a pessoa de Jesus é o modelo ideal de conduta para a identidade do crente. O discípulo de Cristo deve revestir-se das qualidades santas e justas de seu Mestre (Ef 4.24), com a intenção de cumprir o propósito de Deus, isto é,ser uma extensão do caráter de Cristo em todos os aspectos de sua vida.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Devocional
“Oh, Corinto. Vocês têm um problema em cada banco da igreja. Egoísmo territorial. Falta de vergonha moral. Negligência teológica. É imprudência generalizada. Será possível ajudar uma congregação desse tipo?
A solução é uma palavra grega de cinco letras: A-G-A-P-E. Ágape. Paulo vislumbra um amor Ágape.
Paulo poderia ter usado a palavra grega eros. Mas não está se referindo ao amor sexual. Ele poderia ter usado phileo, no entanto, mostra mais do que amizade. Ou poderia ter usado storge, um termo carinhoso para o amor familiar. Mas Paulo tem mais do que a paz doméstica em mente. Ele vislumbra um amor ágape.
O amor ágape se preocupa com os outros porque Deus se preocupou conosco. O amor ágape vai além dos sentimentos e dos bons votos. Por Deus ter nos amado primeiro, o amor ágape responde. Por Deus ter nos tratado com sua graça, o amor ágape perdoa o erro quando a ofensa e grande. Ágape oferece paciência quando o estresse é abundante e aumenta a bondade quando ela é escassa. Por quê? Porque Deus nos ofereceu ambas.
O Amor ágape “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13.7).
Este é o tipo de amor que Paulo prescreve para a igreja em Corinto. Não precisamos da mesma receita hoje? Nossos grupos também não brigam entre si? Não flertamos com quem não deveríamos? Às vezes não nos calamos quando deveríamos falar? E aqueles que encontram a liberdade não sofrem devido aqueles que não a tem? Um dia haverá uma comunidade onde todos se comportarão bem e ninguém reclamará. Mas não será deste lado do céu.
Ate lá, o que faremos? Devemos argumentar. Devemos confrontar. Devemos ensinar. Mas acima de tudo, devemos amar.
Um amor assim não e fácil. Nem para você, nem para mim. Também não foi para Jesus. Você quer uma prova? 0uça as suas frustrações: “Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Ate quando vos sofrerei ainda?” (Mc 9.19).
Até o Filho de Deus teve que lidar com a questão da comida ruim. Saber que Jesus perguntava essas coisas nos tranqüiliza. Mas saber como Ele mesmo respondeu nos transformara. “Até quando terei que suportá-los?”. 

QUESTIONÁRIO
1. Como se manifesta o fruto no crente?
R. Progressivamente
2. Como se revela o fruto em Cristo?
R. Diferente da operação do Espírito no crente regenerado, pois Deus não lhe deu o Espírito por medida.
3. Qual é a natureza do fruto na pessoa de Cristo?
R. Perfeito e não representa apenas a ausência do mal, mas a expressão total do bem.
4. Que relação é enfatizada na Nova Aliança?
R. A da videira com os seus ramos.
5. O que evidencia o paralelo entre Gálatas 5 e 1 Coríntios 13?
R. Que Cristo, como personificação do amor de Deus, manifestava todo o fruto do Espírito.

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