terça-feira, 13 de junho de 2017

* "O Apóstolo Pedro"


“Respondeu-lhe Simão Pedro:
 Tu és o Cristo,
 o Filho do Deus vivo.”
Mateus 16:16

          Pedro (gr. PetroV, Pétros, aram. Kéfa ou Céfa, “pedra” ou “rocha”), cujo nome original era o hebraico Shim”on, que aparece na sua forma grecizada Sumewn, Symeon apenas em At 15:14 e 2 Pd 1:1. Em outras passagens aparece como o nome grego Simwn, Simon, em Mt 10:2, 17:25; Mc 1:16, etc.
          Comumente é chamado pelo sobrenome grego PetroV, Pétros, nome masculino formado do substantivo feminino petra, “rocha”; originalmente o aramaico Kéfa, usado na forma grecizada KhfaV, Kefas, em Jo 1:42; 1 Co 1:1 e tantas outras passagens em algumas epístolas paulinas.
          Filho de IwannhV, Ioannes, João (Jo 1:42, Contemporânea) ou Iwna, Iona, Jonas (Jo 21:15-17, Rev. e Corr.; Mt 16:17, onde é chamado por Jesus de Simão Barjonas (gr. Simwn Bariwna, Simon Bariona), ou seja, filho de Jonas.)
          Era originário de Betsaida da Galiléia (Jo 1:40-42), cidade de seu irmão André e de Filipe (Jo 1:44), sendo ambos irmãos pescadores (Mc 1:16). Em Mt 8:5,14 encontramo-lo residindo em Capernaum, cuja sogra fora curada por Jesus. Um dos primeiros discípulos vocacionados, foi levado a Jesus por seu irmão André (Jo 1:41), que lhe diz: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo)”.
          Seu chamado está estreitamente ligado ao de Tiago e João, no relato de Mateus. Ali o escritor relata que se deu logo ao início do ministério de Jesus, após seu batismo e tentação, quando estava     “…andando junto ao mar da Galileia…” quando “…viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.” (Mt 4:18,19).
          Nas listas dos doze encontra-se em primeiro lugar (Mt 10:2; Mc 3:16; Lc 6:14; At 1:13).Andou por sobre o mar (Mt 14:29); confessa que Jesus é o Cristo, por revelação divina (Mt 16:16; Jo 6:68); reprova a Jesus, opondo-se ao anúncio da paixão, sendo asperamente repreendido por Jesus (Mt 16:22,23); presencia a ressurreição da filha de Jairo (Lc 8:51), a transfiguração (Mt 17:1), e a agonia de Jesus (Mt 26:37), na companhia de Tiago e João, que, com este último é enviado por Jesus para preparar a Páscoa (Lc 22:8).
          Fisga o peixe com a moeda na boca, com a qual Jesus pagou o imposto do templo, para ambos (Mt 17:24-27); pergunta a respeito do perdão (Mt 18:21) e da recompensa pela renúncia a todas as coisas (Mt 19:27); promete lealdade e é advertido (Mt 26:33-35); sendo repreendido veladamente por não vigiar no Getsêmani (Mt 26:40); questiona a respeito da figueira (Mc 11:21) e dos sinais da segunda vinda, com Tiago, João e André (Mc 13:3); tem seus pés lavados por Jesus (Jo 13:6-10); inquire acerca do traidor (Jo 13:24); na prisão de Jesus, no jardim, agride a Malco, decepando-lhe a orelha (Jo 18:10-11).

"Não te negarei, te seguirei até o fim.
Nunca voltarei atrás, serei fiel…
Mesmo que todos queiram fugir,
Ou se arrependam de te seguir,
Jesus, meu Mestre, eu jamais te deixarei!
“Ai, amado meu, como a peneira escolhe o grão
Assim o mal te escolheu
e o Inimigo cobiçou teu coração
Mas orei por ti, roguei ao Pai,
intercedi a teu favor
Pra que tua fé não fosse em vão
valesse em tempo de aflição
E suportasse a provação
roguei por ti, roguei por ti, roguei por ti…"

(Guilherme Kerr Neto)

          A ressurreição é anunciada “…aos discípulos” e enfaticamente “…a Pedro” (Mc 16:7) de modo consolador, por ter tão veementemente negado ao Senhor (Mc 14:68). Com João, sendo precedido por este, examina o túmulo vazio, onde se encontrava o Senhor (Jo 20:6); que ressuscitado, lhe aparece (1 Co 15:5).
          Assiste a ascensão (At 1:15); prega no Pentecostes (At 2:14), cura o coxo (At 3:7); sendo ameaçado pelo sinédrio (At 4:17); repreende a Ananias e Safira (At 5:3); é liberto do cárcere por um anjo (At 5:19); foi enviado a Samaria junto com João para conferirem o Espírito aos discípulos (At 8:14).
          Rejeita a proposta de Simão, o mago (At 8:20-24); cura Enéas, paralítico (At 9:34); ressuscita Dorcas (At 9:40); visita Cornélio, quando tem a visão do lençol (At 10); defende-se em Jerusalém (At 11:5), é preso por Herodes (At 12:4) sendo liberto por um anjo (At 12:9) e comparece perante o concílio de Jerusalém (At 15:7).
          Considerado como uma coluna na Igreja primitiva (Gl 2:9) é resistido por Paulo (Gl 2:11); vai para Babilônia, onde trabalha (1 Pe 5:13). Possivelmente tenha sido perseguido e martirizado ao mesmo tempo em que Paulo, durante as perseguições de Nero.
          A tradição afirma que não se julgava digno de ser crucificado como seu Senhor, e ao seu próprio pedido, fora crucificado ponta-a-cabeça. Esta tradição é geralmente atribuída a Orígenes. Escreveu duas epístolas.

de www.universidadedabiblia.com.br


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