quarta-feira, 24 de novembro de 2021

"Daniel 11"

 “Eis que vem com as nuvens,

e todo olho o verá,

até os mesmos que o traspassaram;

e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele.

Sim!

Amém!”

Apocalipse 1:7



A vida será melhor nos próximos 100 anos? Alguns dizem que não, que nossos melhores dias já se passaram. O que quer que seja que o futuro traga, encontramos nos versos do capítulo 11, a segurança que precisamos para fazer face ao futuro.

Jesus é o Único que claramente indicou os sinais e presságios do final dos tempos que precederão Seu retorno o futuro que nos aguarda.

O livro de Daniel tem uma mensagem livre de confusões, equívocos, interferências e ruídos. Sua informação é clara e transparente. Foi por isso que Jesus disse: “Leiam e entendam Daniel.” Esse livro analisa e mostra as épocas passadas e também focaliza nossos dias. Você se lembra de que estudamos os capítulos 2, 7, 8, 9, e agora o 11, acerca das grandes épocas históricas. O capítulo 11 amplia e aprofunda as profecias dos capítulos 2, 7,8 e 9.

Um Esboço Histórico de Daniel 11

• Três reinos

• Europa dividida

• Cristianismo apóstata

• Juízo final

• Batalha terrestre final

• Derrota do ateísmo

• Cristianismo apóstata cresceria e desenvolveria

• Povo de Deus perseguido, mas fiel.

Novamente temos os três reinos, Medo-Pérsia, Grécia e Roma pagã no capítulo 11, e como essência a divisão europeia. Você lerá nesse capítulo sobre muitas batalhas entre forças políticas. Nele veremos como surgiu o cristianismo apóstata. Denuncia-se abandono, descaso com relação à Palavra de Deus e apostasia da verdade divina. A tradição toma o lugar das Escrituras no sistema medieval religioso Igreja-estado. Mas ocorrerá o julgamento desse sistema ímpio. Concentraremos, neste estudo, nossa atenção nos últimos versos do capítulo 11, com a final batalha terrestre.

Em Daniel 11 existe uma previsão de que o ateísmo seria temporariamente derrotado antes do fim do tempo. Que o cristianismo apóstata iria crescer e desenvolver-se, e que um poder se exaltando a si mesmo como sendo igual a Deus e merecedor da mesma adoração subjugaria o ateísmo e moveria guerra contra o povo de Deus. Diz que aconteceria uma união entre Igreja e Estado, e essa confederação perseguiria o povo de Deus. Daniel 11 termina com a libertação total e final do povo de Cristo. Também fala sobre um sinal, símbolo ou marca falsa que seria imposta ao povo fiel de Deus, para que a obedecessem.

Vamos ler Daniel capítulo 11. Pegue sua Bíblia e abra nesse capítulo. Vejamos se podemos descobrir algumas marcas que surgirão. Não estudaremos frase por frase, verso por verso, mas analisaremos por seções e veremos se podemos achar sinais futuros.

“No primeiro ano de Dario, o medo, levantei-me para o animar e fortalecer.” Essas são palavras do anjo Gabriel. Gostaria de externar minha felicidade aqui porque Deus manda seres celestes para fortalecer-nos. Verso 2: “Agora eu te declarei a verdade…” Alegro-me porque não precisamos procurar adivinhadores, tiradores de sorte, leitores de horóscopos, mãos e cartas. Podemos recorrer à Bíblia, a qual tem a verdade para o fim dos tempos. Ele disse: “Daniel, vou mostrar-lhe a verdade.” A internet pode oferecer-nos sensacionalismo, furos de reportagem, mas não a verdade que salva. Os adivinhadores podem dizer-nos o que Satanás colocou em suas mentes, mas não a verdade. Os astrólogos podem prognosticar acerca do futuro, mas não dizem a verdade que nos interessa. As Escrituras dizem: “Eis que ainda se levantarão três reis na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos eles.” Isso sucedeu realmente. Levantaram-se quatro reis (Cambises, Gaumata ou o falso Smerdis, Dario I e Assuero) e Xerxes (Assuero) foi o mais rico de todos, exatamente como a Bíblia profetizara. A Bíblia não é um livro fantástico, maravilhoso, fascinante? Mas ela relata a história de modo sucinto. Agora, a última parte do verso 2: “… e tendo-se tornado forte por meio das suas riquezas, agitará a todos contra o reino da Grécia.” Qual a nação que viria depois da Medo-Pérsia? Estamos seguindo um modelo muito parecido com o do capítulo 2, não é, meu amigo e amiga de Jejum de Daniel? Verso 3: “Depois se levantará um rei poderoso, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver.” Quem era o rei que iria se levantar na Grécia? Alexandre Magno. Ao começarmos o capítulo 11, vemos duas nações novamente mencionadas: Medo-Pérsia e Grécia.

Isso nos ajuda a tomar um ponto de partida para o estudo e entender a sequência do capítulo. Ele descreve em síntese a carreira desse poderoso rei da Grécia que conquistou o mundo quando tinha 32 anos, mas morreu aos 33.

Continuando, no verso 4, introduz-se um novo personagem histórico: “Mas. Estando ele em pé o seu reino será quebrado, e será repartido para os quatro ventos do céu.” Você se recorda que o reino de Alexandre foi dividido? No capítulo 7, existem quatro cabeças no leopardo, representando as quatro divisões do reino de Alexandre. Em Daniel 8, havia quatro chifres para representar essa partição. Aqui já são quatro ventos, mas novamente se repete a exatidão profética. Recordando: Alexandre morreu com 33 anos e ele tinha em seu estado-maior quatro generais de cinco estrelas: Cassandro, Lisímaco, Ptolomeu e Selêuco. Um deles, Ptolomeu, instalou-se ao Sul. Sabe em que região a família de Ptolomeu escolheu viver? O Egito.

Verso 5, a seguir: “O rei do Sul se fortalecerá, como também um de seus príncipes; este se fortalecerá mais do que ele, e reinará, e grande será o seu domínio.” A Bíblia introduz o Egito sob o domínio de Ptolomeu, após o desaparecimento de Alexandre. E continua no verso 8: “Também os seus deuses com a multidão das suas imagens de fundição, com os seus objetos preciosos de prata e ouro, levará cativos para o Egito.” Voltando atrás ao Egito, antes do estabelecimento da hegemonia grega, o que você se lembra? Que tipo de poder tinha o Egito nos dias de Moisés?

Recorramos ao livro de Êxodo, capítulo 5. Quando pensamos sobre o Egito, ele porventura nos lembra uma nação que serviu ao Deus verdadeiro? Êxodo 5, verso: “Mas Faraó respondeu: Quem é o Senhor para que eu ouça a sua voz, e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei Israel partir.” Quando o Egito nos vem à mente, pensamos sobre um levante atrevido contra Deus. Pensamos em deuses falsos. Tenho certeza de que lá havia muitos deuses e que os egípcios não reconheciam o Deus verdadeiro. O Faraó disse: “Não conheço a Deus.” Esse foi um desafio ateísta. Eles tinham muitos deuses, mas eram ateus em relação ao Deus verdadeiro.

Voltemos para Daniel 11 e depois trataremos mais uma vez da questão do Egito. Quando lemos sobre o rei do Sul, pensamos no Egito, mas na realidade temos aí algo muito mais profundo com relação ao conflito entre o bem e o mal. Estamos lendo sobre um poder que levanta seus punhos diante da face de Deus. Dá para perceber que o Egito representa o ateísmo ou um poder antagônico a Deus? Você sabe que no Velho Testamento temos Babilônia também como poder opositor. O que significa a palavra “Babilônia”? Quais são as quatro primeiras letras de Babilônia? BABI. Derivemos um pouco a linha de pensamento. Por que chamamos um nenezinho de bebê? Porque ele balbucia. Veja como a fala de um bebê é confusa. Babilônia tem a ver com uma religião confusa e adoração falsificada.

No livro do Apocalipse surge a Babilônia espiritual. Se lermos agora Daniel 11, veremos que os reis do Norte e do Sul são mencionados em suas posições geográficas com relação ao território de Israel. Babilônia era o poder do norte e o Egito o poder do sul. Mas, o Egito significa muito mais do que rei do Sul. Está ligado a uma rebelião desafiadora e ateísta, assim como Babilônia é mais do que uma invasão procedente do Norte. Há um pequeno reino, um falso poder espiritual situado ao norte. Isso ficará mais claro à medida que nos aprofundarmos no estudo.

Até agora vimos Medo-Pérsia ceder lugar à Grécia, e essa ser sucedida por Roma. Um dos quatro generais de Alexandre, Ptolomeu, iria se estabelecer no Egito, dando origem à ideia do rei do sul ou poder ateísta que surgiria. Mas depois da Medo-Pérsia e da Grécia, que nação surgiu no panorama mundial? Roma. Se lermos os versos 13 a 16, introduzimos os conflitos bélicos entre eles e encontraremos a passagem que mais facilmente identifica Roma — o verso 20: “Em seu lugar se levantará quem fará passar um exator de tributo (cobrador de impostos) pela glória do reino, mas dentro de poucos dias será quebrantado, e isto sem ira e sem batalha.” Nesse verso diz que na glória deste grande reino que derrotou a Medo-Pérsia e a Grécia, surgiria um exator de tributos.

Vamos para o livro de Lucas, nos dias de Jesus, para que o tema se esclareça à medida que o formos estudando. Na glória daquele grande reino que derrotaria a Grécia, um exator de tributos surgiria. Bem, quem era o exator de tributos e de que reino Daniel está falando? Lucas 2, verso 1: “Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado.” Que nação governava o mundo nos dias de Jesus? Roma. Quem baixou o decreto ordenando o recenseamento? César Augusto. De onde ele era? Era romano. Jesus foi julgado por uma corte romana, condenado por um governador romano e crucificado por soldados romanos. Esses soldados romanos o enterraram, vigiaram seu sepulcro e colocaram o selo romano sobre ele. Por isso, é muito comum, quando falando sobre o exator de tributos, referir-se a César Augusto. Isso fica ainda mais claro em Daniel 11, verso 20: “Em seu lugar se levantará quem fará passar um exator de tributo”.

Outra vez a pergunta: quem era o exator de tributo? César Augusto. E isso parece lógico, não? O que vimos em Daniel? A cabeça de ouro significava Babilônia. Os braços e peito de bronze eram a Medo-Pérsia; as coxas e pernas de ferro, Roma, que sucedeu à Grécia. O que aconteceu em Daniel 7? Temos o leão. E o que esse leão representava? Babilônia. O que o urso representava? O que representava o leopardo? Grécia. E o dragão como uma besta? Roma. Em cada fase de Daniel 2 e 7 temos essa sequência. O mesmo acontece em Daniel 8. O cordeiro representava a Medo-Pérsia e o bode a Grécia. E daí temos Roma. Agora o profeta fala sobre o exator de tributos no governo de César Augusto e esse é, obviamente, Roma. E se ele está falando sobre o exator de tributos, César Augusto, você espera que Cristo seja mencionado aqui também, certo? Porque Ele viveu no período de Roma. César Augusto iria governar por um curto período e morreria. Assim aconteceu, César Augusto morreu cedo.

O que aconteceria depois? Verso 21: “Depois se levantará em seu lugar um homem vil…” Tibério César sucedeu a César Augusto e era muito cruel. “… Ao qual não tinham dado a dignidade real.” Os romanos nunca respeitaram Tibério como a César Augusto. “…Mas ele virá caladamente, e tomará o reino com lisonja.” Verso 22: “As forças inundantes serão varridas de diante dele, e serão quebrantadas, como também o príncipe do pacto.” Os romanos, sob o comando de Tibério, atacaram Jerusalém e a derrotaram, por isso os judeus odiavam os romanos. A Bíblia diz que o povo de Deus de então, os judeus, seria subjugado no reinado de Tibério César e, também, o príncipe do pacto. Quem é Ele? Jesus Cristo.

Retornemos a Daniel 8. Então no domínio romano do exator de tributos, César Augusto, Tibério iria surgir. Sua crueldade estava prognosticada e diz-nos a Escritura que ele iria atacar Jerusalém, e participar, com os judeus, da morte do Príncipe da aliança eterna, Jesus Cristo. Daniel profetizara esses eventos séculos antes. Uma Mente onipotente e onisciente, que conhecia o futuro da história, escreveu o livro de Daniel. Vejamos o capítulo 8, começando com o verso 11: “Sim, ele se engrandeceu até o Príncipe do exército.” Quem é o Príncipe do exército? Jesus Cristo.

Em todo o livro de Daniel, Jesus é chamado de Príncipe. Cristo que não teve começo e nem terá fim, estabeleceu uma aliança, um pacto que diz: “Pelo Meu sangue, homens e mulheres obtêm a salvação eterna. Pela Minha graça seus pecados são perdoados.” Cristo, o Príncipe da aliança foi morto numa cruz romana exatamente como fora profetizado. Agora vamos ao capítulo 11. O que você poderia esperar depois da queda da Roma pagã e após o surgimento de um poder cristão apóstata? Um poder professo cristão, mas apóstata, surgiria para distorcer a verdade sobre Jesus Cristo, o Cordeiro, o Príncipe da aliança, que morreu por nossos pecados. Então, em Daniel 7 vemos o surgimento de um pequeno chifre — o anticristo. Esse poder surgiu para anuviar e desvirtuar a verdade do Santuário Celeste, e obscurecer a verdade sobre Jesus, Sua graça, amor, sobre a devida observância da divina Lei dos Dez Mandamentos.

Daniel 11, verso 27: “Também estes dois reis terão o coração atento para fazerem o mal, e a uma mesma mesa falarão a mentira, mas sem êxito, porque o fim há de ser no tempo determinado.” Estamos chegando ao fim dos tempos e a próxima seção nos localiza nos primeiros séculos após a queda de Roma pagã, o surgimento de um cristianismo apóstata, do poder do anticristo. Agora o verso 31: “E estarão ao lado dele forças que profanarão o santuário, isto é, a fortaleza, e tirarão o holocausto contínuo, estabelecendo a abominação desoladora.” Você se recorda do que estudamos sobre o santuário? Quem é sua figura central? Jesus, o Cordeiro.

Podemos profanar o santuário colocando qualquer sistema humano em substituição a Jesus. Ele é também o Sacerdote desse templo. Você sabe que certas seitas têm sacrifícios; algumas vezes sacrificam crianças, outras vezes frutas. É um sistema que procura alcançar a salvação por seus próprios méritos e recursos. Profanamos o santuário quando dizemos que a salvação vem pelas coisas que fazemos e nos engrandecemos com nossas obras próprias em vez de aceitar a graça de Cristo. Profanamos o santuário divino quando colocamos um sacerdote, uma seita ou religião cristã entre a pessoa e Deus.

Note o que aconteceu no verso 36: “E o rei fará conforme lhe aprouver; exaltar-se-á, e se engrandecerá sobre todo deus…” Quem é esse rei? Aquele que profanou o santuário. Ele é contra Cristo, é o anticristo. “… E contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas; e será próspero, até que se cumpra a indignação; pois aquilo que está determinado será feito.” A força do anticristo que surgiu de Roma pagã, por causa do abandono da verdade sobre Jesus, sobre o sacrifício de Cristo, sacerdócio, Lei, iria crescer sempre mais como um poder religioso até o final dos tempos, porque está escrito: “e será próspero até que se cumpra a indignação.” Paulo fala sobre essa força.

Vamos para 2 Tessalonicenses no capítulo 2. Eis a verdade sobre a profanação do Santuário. Preste atenção.

A Bíblia, às vezes, chama esse poder de anticristo e outras vezes de besta. Ele substituiria a verdade sobre a salvação através de Jesus Cristo, estabeleceria um sistema de indulgências e penitências para se alcançar a salvação. Um sacerdote terrestre iria colocar-se em lugar do Sumo Sacerdote Jesus Cristo, o nosso único intercessor entre Deus e os homens. Haveria uma tentativa de alteração da lei de Deus. Esse poder haveria de crescer e prosperar até o final dos tempos. Então, 2 Tessalonicenses 2, verso 3 diz: “Ninguém de maneira alguma vos engane, pois não acontecerá sem que antes venha a apostasia.”

O abandono da verdadeira fé bíblica, de Cristo como nosso único Salvador e Sumo Sacerdote, a revogação de mandamentos da Lei de Deus seriam perpetrados por ele, o “homem do pecado, o filho da perdição”. Ele se “oporia e se levantaria contra tudo o que se chama Deus, ou é objeto de culto, de forma que se assentaria como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”. Note que é mencionado nesse texto o templo de Deus. O que havia no santuário terrestre, lá no segundo compartimento? A arca de Deus abrigando em seu bojo a santa Lei divina. Deus Jeová Se assentava entre os querubins e manifestava Sua glória diante da Lei. Mas o anticristo procuraria entrar no santuário de Deus, onde está a Lei e a mudaria a seu bel-prazer.

Pensemos: quem é o único que pode mudar uma lei? Somente Aquele que tem autoridade para isso, seu Criador. Mas esse poder do chifre pequeno, o anticristo, se engrandeceria diante de Deus e sobre Ele, porque queria mudar a Lei. Por isso a Bíblia diz em 2 Tessalonicenses 2, verso 7: “Pois já o mistério da injustiça opera…” Que significado tem aí a palavra injustiça? Erro. Na batalha final, exatamente como sucedeu em Daniel 3, a haveria oposição contra a adoração e a lei de Deus. Como em Daniel 6, quando houve a união da Igreja com o Estado, o problema era adoração e a lei de Deus. Por isso, nos últimos dias, haverá o surgimento de um poder que tentará modificar a lei de Deus e levará homens e mulheres a errar e a desobedecer. Deus está procurando pessoas que Lhe sejam leais, obedientes e verdadeiros.

De volta para Daniel 11. No curso dos séculos, num período chamado Idade Escura, Deus teria um grupo de pessoas leais a Ele. Em meio dessa rebelião, dessa era de trevas, de abandono de Cristo como nosso único Salvador e Sacerdote, haveria um povo fiel a Deus. Leiamos Daniel 11, versos 32 e 33: “Aos violadores do pacto ele perverterá com lisonjas; mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas. Os entendidos entre o povo ensinarão a muitos, mas cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo despojo.” Veja o que a Bíblia diz sobre esse período de escuridão. Deus teria um povo leal que iria trabalhar para Ele — os valdenses. O poder da união entre a Igreja e Estado pressionaria a todos os que não se submetessem a ele.

Os valdenses foram um simples grupo do povo de Deus. Suas crianças memorizavam grandes partes da Bíblia e escondiam partes da Escritura em lugares secretos dentro de cavernas. O Estado e a Igreja uniram todas as suas forças e exércitos para exterminá-las. Eles foram obrigados a morar em cavernas e bosques. Quando as autoridades da Igreja e do Estado os descobriam, faziam fogueiras na entrada das grutas a fim de trazê-los para fora e massacrá-los. Bebês eram lançados ao ar e aparados por afiadas espadas. Esse foi um tempo marcado por crueldade e violência sanguinária.

O capítulo 11 focaliza o final dos tempos, um período em que o anticristo e uma falsa religião irão crescer em popularidade e predominância, e a crise final entre o bem e o mal, em nossos dias.

Daniel 11, até o verso 40, falava sobre o poder do anticristo, a um poder religioso espúrio. A partir daí, fala sobre o poder do anticristo sob um símbolo, o rei do Norte.

Assim como o ouro, a prata, o bronze e o ferro eram símbolos de nações em Daniel 2; assim como o leão, o urso, o leopardo e o dragão eram símbolos em Daniel 7, assim como o cordeiro e o bode eram símbolos em Danie18, Em Daniel 11, aparecem dois novos símbolos: o rei do Norte e o rei do Sul. O rei do Norte já foi identificado com o nome de anticristo. O rei do Sul também recebeu sua identificação com o cognome de “poder do ateísmo”. Diz o verso 40: “No fim do tempo o rei do Sul…” o falso ateísmo humanista representado pelo Egito. “No fim do tempo o rei do Sul lutará com ele…” Um conflito entre o ateísmo e a falsa religião ou o rei do Norte. “… E o rei do Norte virá como turbilhão contra ele; com carros, cavaleiros e com muitos navios; e entrará nos países, e os inundará, e passará para adiante.” O ateísmo iria ser derrotado. Estava escrito. Surpreendente! 

Em nossos dias, o conflito não é literal. A contenda se desenrola no templo de Deus no Céu. A religião espúria, falsa, diz que as obras nos irão salvar e que não precisamos de Jesus. Se fizermos isso e aquilo, alcançaremos a salvação. A falsidade estabeleceu um sistema de obras terrestres, sacerdotes terrestres e modificou a lei de Deus. Mas a Bíblia diz que a falsa religião e a filosofia ateísta provinda do Egito e por ele simbolizada, iriam conflitar pouco antes do fim. Antes do término de todas as coisas e da presente ordem, a falsa religião e os falsos políticos iriam entrar em conflito, e a primeira iria dominar. Ela e o anticristo iriam crescer tremendamente e dominariam o mundo.

O capítulo 11 de Daniel finda com uma das culminâncias históricas mais empolgantes. O profeta revela ali que o poder da besta impõe uma marca. Os direitos mais inalienáveis do homem são anulados; ninguém pode comprar ou vender. O poder da besta baixa um decreto de morte e obtém poder, autoridade e riqueza. O anticristo se engrandece diante de Deus. Parecerá que a falsa religião irá triunfar.

O verso 44 diz: “Mas os rumores do Oriente e do Norte o espantarão…” Você sabia que a Bíblia diz que como luzes brilhando do Leste para o Oeste, assim será a vinda do Filho do homem? Ela também fala que o Monte de Sião fica do lado norte. No Norte está o trono de Deus. Do trono de Deus vem as mensagens para a Terra. Jesus Cristo está voltando.

Nos últimos dias da nossa história, o sinal da besta será imposto. Nos últimos dias de nossa história a falsa religião se expandirá, mas Deus terá homens e mulheres fiéis a Seu lado. Eles sentem os rumores do Oriente e veem a glória da vinda do Filho de Deus. Seus olhos não estão voltados para a perseguição, o decreto de morte, as sanções econômicas, mas ao santuário celestial onde Jesus Cristo se encontra intercedendo, e contemplam a glória da vinda de Deus. Mas os rumores do Oriente e do Norte, do trono de Deus, vão atrapalhar o poder da besta. E ela “sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos.”

Ela ouve os rumores do Oriente, percebe o Espírito de Deus sendo derramado e constata um grande reavivamento da fé, por isso precisa fazer alguma coisa. No exercício de seu poder emite um decreto de morte. Quer destruir muitos. Então “armará as tendas do seu palácio [estabelecerá o seu sinal, marca especial só sua, imposta ao povo] entre o mar grande e o glorioso monte santo…”

Como medida desesperada, usa os poderes terrenos para sancionarem o decreto obrigando homens e mulheres a adorar a besta. Mas nesse último ato, a Bíblia diz, verso 45: “Então virá o seu [do anticristo] fim e não haverá quem o socorra.” Nos últimos dias, Jesus, o rei do Oriente, assim como Ciro, o rei do Oriente veio e subjugou Babilônia, libertando Israel e levando-o de volta a Jerusalém, virá como Rei dos reis, Senhor dos Senhores, e o céu será iluminado com a Sua glória. Em Sua vinda, os fiéis seguidores deixam o planeta Terra e sobem para os céus para viver com Ele para sempre. Nenhum poder terreno ou infernal pode lutar contra o poderoso Rei dos reis.

Oremos: “Pai nosso que estás no céu, que essa imagem do nosso tempo, Jesus Cristo, o Rei dos reis, o poderoso rei do Oriente, o Rei que vem do nascente do Sol, virá, e todos os poderes do inferno não poderão lutar contra Ele. Todos os demônios não poderão combatê-Lo e qualquer falsa religião que tentar destruir o encanto de Sua morte vicária e sacrifício expiatório perfeito não poderão enfrentá-Lo. Nestas últimas horas, ouvimos o chamado de Cristo para amá-Lo, servi-Lo e obedecê-Lo. Assim nos ajoelhamos e adoramos o nome amorável de Jesus, Amém.”


@anisacheirodeafeto



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