Por Markus DaSilva, Th.D.
O Senhor tem prazer em ouvir dos seus filhos. Quando o cristão se empenha em pedir algo a Deus, ele deve se compenetrar de dois pontos fundamentais: O primeiro é o reconhecimento íntimo de que o Senhor é muito sábio e muito bom; o segundo é lembrar que Deus não exerce a sua sabedoria e bondade distribuindo bênçãos a qualquer um que lhe peça, sem considerar tudo o que está em jogo. Devemos também lembrar que para nós, que amamos e obedecemos a Deus, o Senhor é mais do que Deus — ele é o nosso Pai — e não receberemos dele nada além daquilo que realmente será de benefício para nós e para os nossos queridos (Tiago 1:17). Paralelo a esse fato, a nossa compreensão daquilo que é bom ou mau para nós frequentemente está muito além da realidade; realidade esta que apenas a onisciência divina consegue ver (Isaías 55:8-9).
VERDADE NÚMERO 10
O poder da persistência.
Quando falamos de ser persistente na oração, naturalmente ficamos um pouco inseguros. Isso ocorre porque temos a tendência de aplicar ao Senhor os nossos limites e imperfeições. Imaginamos, por exemplo, que a demora de uma resposta significa um não, nos acomodamos e aprendemos a conviver com aquilo que nos traz descontentamento. O Senhor deseja que levemos a ele absolutamente todos os nossos problemas, independentemente se somos culpados ou não pela situação em que nos encontramos (1Crônicas 16:11; Efésios 6:18; Tiago 5:13). O inimigo, por sua vez, se deleita quando um filho de Deus desiste de orar sobre um assunto, pois é no silêncio que ele encontra um terreno fértil para nos distanciar ainda mais de Deus (Mateus 26:41).
“O poder da persistência se encontra na humildade de quem clama, nós os filhos, e na misericórdia de quem responde, Deus o Pai.”
Jesus nos deu duas parábolas para ilustrar a importância de persistimos em oração: a do juiz iníquo (Lucas 18:1-8) e a do amigo que não queria ser incomodado (Lucas 11:5-13). As duas são parábolas comparativas e não exemplificativas. Em outras palavras, Jesus compara a atitude dos dois com Deus, nos ensinando que se estas pessoas, sendo más, atenderam àqueles que os importunavam, imaginem o Pai que é bondoso e tanto nos ama? O poder da persistência se encontra na humildade de quem clama, nós os filhos, e na misericórdia de quem responde, Deus o Pai (Romanos 8:32).
Devemos entender que oração envolve o contraste entre um ser carente e ignorante interagindo com um ser onipotente e onisciente (Salmo 102:19-20). Sendo assim, quando ocorre um atraso no nosso pedido devemos procurar uma explicação que se enquadre nesta realidade. A razão pela qual Deus muitas vezes demora em nos dar aquilo que pedimos é porque aquilo que pedimos, se for dado da forma que queremos e no tempo que desejamos, o resultado não causará o benefício esperado para todas as pessoas que serão afetadas. Isso é verdade mesmo quando estamos pedindo por algo que está dentro do plano de Deus.
O motivo que Deus quer que sejamos persistentes na oração é porque é assim que mostramos que não temos nenhuma outra fonte de socorro a não ser o nosso Pai: “E disse o estranho a Jacó: Deixa-me ir, porque já está amanhecendo. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se me não abençoares” (Gênesis 32:26).
Mostramos a nossa confiança e esperança em Deus quando não desanimamos nas nossas orações. Enquanto existir a possibilidade de recebermos uma resposta positiva devemos persistir no pedido, mas ciente de que o que nos for dado cumprirá o perfeito propósito de Deus. Davi demonstrou muito bem esse princípio quando persistiu em orar pela cura do seu filho, mesmo tendo sido profetizado que a criança morreria. Os seus servos não entendiam tanta persistência, mas o rei explicou: “vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de mim, e a criança possa viver? (2 Samuel 12:22). Foram por atitudes como essa que ele foi chamado como um homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22).
Em um exemplo semelhante, mas com um final mais positivo, Abraão mostrou a sua atitude de persistir em confiança quando intercedeu por Ló, o seu sobrinho. A destruição de Sodoma e Gomorra, incluindo Ló e família, havia sido decretada. Abraão, porém, não se deu por vencido e seguiu pedindo repetidamente pela cidade (Genêsis 18:16-33). No final, devido à sua persistência, o Senhor não poupou a cidade, mas salvou o seu sobrinho da destruição. Foram por atitudes como essa que ele foi chamado o amigo de Deus (Tiago 2:23).
Queridos, poderia escrever sobre Moisés e a visão de Canaã (Deuteronômio 3:25-26 ; Números 27:12); também sobre os quinze anos dados ao rei Ezequias (2 Reis 20:5-6); poderia mencionar Ana e o menino Samuel (1 Samuel 1:9-28)… e muitos outros exemplos de servos de Deus que agradaram ao Senhor porque foram persistentes na oração. Alguns deles receberam exatamente o que pediram, outros não, e ainda outros algo diferente, mas satisfatório. Todos eles, no entanto, receberam a aprovação de Deus pela atitude de perseverar em confiança. Nunca desanimem na oração, mas sigam pedindo, confiando que o Senhor sempre lhes responderá com a melhor solução possível para tudo aquilo que vocês precisam:
“Suba a minha oração
perante a tua face como incenso”
(Salmo 141:2).
Espero te ver no céu.
- Deus já está respondendo.
- Existe um processo em andamento.
- Esperar não é o mesmo que “não fazer nada”.
- Quando ignoramos a resposta.
- Um coração agradecido.
- Um coração humilde.
- Fé vem pelo ouvir.
- As ferramentas.
- Orando contra principados e potestades.
O poder da persistência. (Este Texto)- A intimidade.
- O grande plano.
de http://br.markusdasilva.org
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