sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Estudo de Salmos

                                  


          O Salmo 2 é atribuído a Davi (Atos 4:25 confirma isso). Como rei de Israel, Davi compôs salmos que falavam não só do seu reinado, mas também apontavam para um Rei muito maior, o Messias. Por isso, o Salmo 2 é considerado um salmo messiânico.

          Destinatário — breve explicação

          O salmo foi escrito para o povo de Israel, mas também se dirige a reis, governantes e nações. Ou seja, não é apenas para os israelitas da época, mas traz uma mensagem universal: todos precisam se submeter ao Senhor e ao Seu Ungido.

          Versículo-chave 

 “Tu és meu Filho;
 hoje te gerei.”
Salmo 2:7 

          Este versículo é central porque mostra que o Rei estabelecido por Deus não é comum: Ele é chamado de Filho de Deus. No Novo Testamento, esse versículo é aplicado diretamente a Jesus Cristo, mostrando que Ele é o verdadeiro Rei prometido.

          Personagem-chave 

          O personagem principal é o Ungido de Deus, o Filho, que aponta para Jesus Cristo. Ele é o Rei escolhido por Deus, com autoridade para governar todas as nações.

          Lugares-chaves

          Sião (Jerusalém): símbolo do governo de Deus. Ali seria estabelecido o trono do Messias.
          Nações e confins da terra: mostram que o reinado do Filho não é limitado a Israel, mas tem alcance universal.
          Os céus: onde Deus está entronizado. É dali que vem a ordem e a soberania.

          Palavras-chaves

          Rebelião: a atitude de rejeitar a autoridade de Deus.
          Ungido/Messias: o escolhido por Deus para reinar.
          Filho: título especial que revela a relação única entre o Pai e Jesus.
          Cetro de ferro: símbolo de autoridade firme e juízo justo.
          Refúgio: lugar de segurança em Deus para quem se rende a Ele.

          Resumo do capítulo

          O Salmo 2 mostra dois cenários: de um lado, reis e nações que se levantam contra Deus e contra o Seu Ungido, querendo se libertar da Sua autoridade (vv.1–3). Do outro, Deus, que senta-se no trono do céu, observa essa rebelião e declara que já estabeleceu o Seu Rei em Sião (vv.4–6). O Ungido (o Filho) fala do decreto de Deus: Ele foi proclamado Filho e recebeu como herança todas as nações, com autoridade para julgar e reinar (vv.7–9). O salmo termina com uma advertência e um convite: os reis e povos devem se render ao Filho, servindo a Deus com temor e encontrando refúgio n’Ele (vv.10–12).
          Em resumo: o salmo ensina que Deus reina soberano, que Jesus é o Rei prometido, e que só há dois caminhos — a rebelião que leva à destruição, ou a submissão que leva à bênção e ao refúgio.

          Explicação do capítulo:   

          1. A rebelião das nações (vv.1–3)O mundo rejeita a autoridade de Deus, querendo viver sem limites e sem submissão. Isso acontece até hoje: pessoas e sistemas tentam excluir Deus da vida.
          2. A resposta de Deus (vv.4–6)Deus não se assusta com essa rebeldia. Ele ri, não porque não se importa, mas porque a arrogância humana é inútil diante do Seu poder. Deus já decidiu: Jesus é o Rei.
          3. O decreto do Filho (vv.7–9): O Filho declara sua identidade. Ele é o Rei estabelecido pelo Pai, com autoridade sobre todas as nações. O “cetro de ferro” mostra que Sua justiça é firme.
          4. O convite final (vv.10–12): Diante disso, todos são chamados à sabedoria: é hora de reconhecer o Filho, servir a Deus e se refugiar n’Ele. É um chamado ao arrependimento e à rendição. 

          Conexões com outros textos bíblicos

    Atos 4:25–26: Os apóstolos citaram o Salmo 2 para explicar a perseguição contra Jesus.
    Hebreus 1:5 e 5:5: versículo 7 é aplicado diretamente a Cristo, confirmando que Ele é o Filho.
    Salmo 110: Outro salmo messiânico que, junto com o Salmo 2, revela a autoridade eterna do Messias.
    Isaías 9:6–7: Profecia do nascimento e reinado justo do Messias.
    Apocalipse 2:26–27; 19:15: Reforçam a imagem do “cetro de ferro”, mostrando Jesus como o Rei que governa todas as nações.
    Filipenses 2:9–11: Toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor — convergindo com o chamado à submissão do Salmo 2.

          Aplicação pessoal

          O Salmo 2 não é só sobre reis do passado, mas sobre a nossa vida hoje. Ele nos desafia a entregar mente, palavras e atitudes ao reinado de Jesus.
          No pensar: preciso renovar minha mente e parar de insistir em controlar tudo. Cristo é quem governa, não eu (Romanos 12:2).
          No falar: minhas palavras revelam quem reina em mim. Se Cristo é meu Rei, minha boca precisa transmitir graça, e não crítica ou fofoca (Efésios 4:29).
          No agir: minhas atitudes devem mostrar obediência prática a Jesus. Isso envolve perdoar, servir e buscar justiça, mesmo quando não é fácil (Colossenses 3:17).
          No coração: o salmo termina com “bem-aventurados os que se refugiam n’Ele”. Em meio às pressões e ansiedades, Jesus deve ser o meu lugar de descanso.

@influenciadora_da_palavra
@unicamentecristã


sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Estudo de Salmos


"O segredo da verdadeira felicidade!!!"

         Você quer saber o segredo da verdadeira felicidade? O Salmo 1 nos revela: ela não está no mundo, mas em viver segundo a Palavra de Deus!

          🌿 A mulher justa não se deixa levar pelos conselhos do mundo, não anda no caminho do pecado e não se senta com quem zomba da fé. Ela encontra alegria profunda na Palavra e medita nela dia e noite. Assim, sua vida floresce como uma árvore firmada junto às águas: firme, frutífera, constante.

          🗝️O versículo chave do Salmo 1 geralmente é considerado o verso 2, pois ele expressa o coração da mensagem do salmo — o contraste entre o justo e o ímpio e a importância da Palavra de Deus:

 “Antes, 

o seu prazer está na lei do Senhor, 

e na sua lei medita de dia e de noite.”

Salmos 1:2

          📖 Por que é o versículo chave:

          Esse versículo mostra o segredo da felicidade e prosperidade espiritual do justo: ter prazer na lei do Senhor e meditar constantemente nela. Todo o restante do salmo flui dessa verdade — quem vive assim é comparado a uma árvore frutífera, enquanto quem rejeita a Palavra é como a palha que o vento espalha.

          📜 Tema Central:

          O caminho do justo e o caminho do ímpio

          O Salmo 1 apresenta um contraste entre duas formas de viver:

          O justo, que encontra alegria e sabedoria na Palavra de Deus.

          O ímpio, que rejeita essa sabedoria e acaba em ruína.

          Estrutura do Salmo 1:

          1️⃣ O caminho do justo (versos 1–3)

    “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios...”

          O salmista descreve o justo como alguém que:

          Não segue o conselho dos pecadores.

          Não se detém no caminho dos pecadores.

          Não se assenta com os zombadores.

          Em vez disso, ele:

          Tem prazer na lei do Senhor.

          Medita nela dia e noite.

          📖 Resultado:

        "Ele é como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas, que dá fruto no tempo certo e cujas folhas não murcham — tudo o que faz prospera."

          2️⃣ O caminho dos ímpios (versos 4–5)

    “Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento espalha.”

          O ímpio é instável, vazio, sem raiz espiritual.

          Não resistirá no juízo, nem permanecerá entre os justos.

          O destino final (verso 6)

    “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.”

          Deus cuida e aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à perdição.
          💡 Mensagem Principal:

          A verdadeira felicidade não está nas coisas do mundo, mas em viver segundo a vontade de Deus, encontrando prazer e direção em Sua Palavra.

          ⚠️ Em contraste, os ímpios são como palha: sem direção, sem raízes, sem futuro eterno. Mas o Senhor cuida e conhece o caminho das que O buscam.

          💭 REFLEXÃO

          Será que temos realmente prazer na Palavra de Deus? Ou temos vivido distraídas e secas espiritualmente?

          Você é árvore plantada ou palha levada pelo vento?

          🎯 DESAFIO DO DIA

          Separe 15 minutos só você e a Palavra. Escolha um trecho bíblico, leia com calma, escreva o que Deus falou com você e ore sobre isso. 🌸

          🙏 ORAÇÃO
          Senhor, dá-me prazer na Tua Palavra. Quero viver como árvore firmada junto às águas, com raízes profundas em Ti. Livra-me de seguir conselhos errados e fortalece meu coração para Te obedecer com alegria. Em nome de Jesus, amém.
@influenciadora_da_palavra
@unicamentecristã

terça-feira, 21 de outubro de 2025

"A Queda do Homem"

 

          Nenhum evento lançou uma sombra mais escura sobre a vida humana que a queda de nossos primeiros pais de seu estado original de justiça, vida e comunhão com Deus para o estado de pecado, morte e corrupção em todas as faculdades e partes de sua alma e corpo. Nenhum aspecto da experiência humana é mais crucial para o entendimento do mundo em que vivemos, do desespero de sua condição e do quanto foi necessário Deus intervir, enviando Seu Filho ao mundo
  "para que o mundo fosse salvo por ele"
João 3. 17
          A queda do homem foi um importante ponto crítico para a humanidade. No Éden, Adão e Eva viviam de um modo muito diferente de como vivemos. Eles estavam à vontade em seu mundo, felizes em seu casamento, abençoados em sua vida e em seu trabalho e em paz com seu Deus. Culpa e vergonha, enfermidade e morte, lascívia e desejo, angústia, inimizade e perigo eram desconhecidos. Não havia espinhos para ferí-los, nem cardos para desfigurar a beleza de seu jardim, nem suor sobre o rosto. Tudo mudou quando eles sucumbiram às mentiras da serpente e quebraram a lei de Deus.
          Questões triviais podem nos impedir de entender corretamente a queda do homem. A serpente era real? Ela era real o sufucuente para servir aos propósitos de Satanás! A serpente realmente falou, ou era Satanás simplesmente dando voz aos pensamentos na cabeça de Eva? Seja como for, ela entendeu a mensagem. Adão realmente se uniu a Eva para pecar contra Deus? A trágica verdade é simples: a evidência de que ele fez isso é inquestionável.
          A imputação do pecado de Adão à sua descendência natural é um pressuposto do evangelho. Os seres humanos estão perdidos desde a concepção e o nascimento, mesmo antes de começarem a sua carreira pessoal de pecado. O Filho de Deus se tornou o Filho do Homem para expiar o pecado pela morte em lugar dos pecadores. Negar a queda do homem em pecado é privar a morte de Cristo em seu sentido redentivo e de seu poder salvador.
          A realidade da Queda como fato histórico é demonstrada por seus muitos efeitos amargos e persistentes sobre os seres humanos hoje: "Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos." (Romanos 3.10 a 18).
          Cada linha dessa passagem foi tirada da bíblia hebraica. Paulo não precisou desenvolver nenhum pensamento original sobre o estado caído do homem; ele já tinha sido atestado na Escritura muito antes de seu tempo. Os teólogos descrevem o homem caído como sendo totalmente depravado e corrompido. Alguns entendem o termo como significando que homens e mulheres são tão maus quanto podem ser, o que a experiência humana refuta. Graças à mão restritora de Deus, homens e nações raramente realizam todo o seu potencial para o pecado. Tem havido Herodes e Hitlers ao longo da História, mas em quantidade muito menor do que poderíamos esperar. O Império Romano era idólatra e libertino, mas não além do poder do evangelho de transformá-lo na primeira superpotência cristã do mundo.
          Limitar a extensão da Queda isentando algum aspecto do seu humano de seus efeitos abre o caminho para que o homem caído seja seu próprio salvador. Se seu intelecto não está obscurecido, ele pode encontrar salvação pelo uso da razão e melhorar-se por meio da educação. Se sua vontade não está escravizada, ele pode ter a palavra final em sua salvação, totalmente independente da vontade de Deus. Se o corpo humano não tem as marcas da Queda, então os defeitos, deformidades, enfermidades, envelhecimento e morte são naturais e normais para a nossa raça, os males não podem ser resistidos e os inimigos de Cristo não podem ser mortos ou vencidos. Peçamos a Deus para nos mostrar ainda mais profundamente as surpreendentes maravilhas do evangelho.
 
         
Bíblia de Estudo Herança Reformada

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

"Visão Geral da Bíblia"

 

           As informações abaixo são apenas uma visão geral dos livros bíblicos (com ênfase na aliança). O Estudante diligente desejará confirmar estas informações e avançar no estudo do texto, do contexto histórico e dos propósitos dos livros.
OS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO
40.  Mateus:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para a igreja de Antioquia da Síria (provavelmente), que era de origem mista judaica e gentia.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Mateus.
–       Em qual momento histórico?      Depois da destruição de Jerusalém, em 70 d.C., quando a Igreja experimentava um grande crescimento.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque os cristãos judeus queriam impor a Lei como a mediadora entre Deus e os homens (legalismo) e os cristãos de origem gentílica, por sua vez, queriam viver sem nenhum tipo de lei (antinomismo), aproveitando-se da sua liberdade em Cristo Jesus para darem vazão às obras da carne.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para corrigir estes dois graves erros doutrinários através dos ensinamentos, descrição do caráter e exemplo de Jesus, para que o crescimento da Igreja fosse ordenado e sadio.
41.  Marcos:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para a igreja de Roma.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Marcos.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 60 d.C., quando o evangelho já havia chegado à capital do império romano.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque os cristãos romanos precisavam saber do interesse de Jesus para com os gentios (esta ênfase aparece claramente no esboço básico deste Evangelho e em vários detalhes importantes da narrativa).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para apresentar por escrito aos gentios o testemunho dos apóstolos a respeito dos fatos da vida, morte e ressurreição de Jesus; e, para validar a missão da Igreja junto aos gentios.
42.  Lucas:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para o “excelentíssimo” Teófilo (provavelmente um gentio que havia recebido instrução cristã).
–       Por quem foi escrito (autor)?      Lucas.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 80 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque Lucas queria fornecer a Teófilo (e, certamente, a uma audiência maior) um registro preciso e bem ordenado da mensagem cristã básica, desde o nascimento de Cristo à sua ascensão aos céus.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para capacitar seus leitores a terem “plena certeza das verdades” que ele aprendeu (1.4).
43.  João:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para a Igreja.
–       Por quem foi escrito (autor)?      João, o apóstolo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 90 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque João queria evangelizar seus leitores.
–       Para quê este livro foi escrito?   O próprio autor diz que escreveu este livro: “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome” (20.31).
44.  Atos:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para o “excelentíssimo” Teófilo (provavelmente um gentio que havia recebido instrução cristã).
–       Por quem foi escrito (autor)?      Lucas.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 80 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque Lucas queria fornecer a Teófilo (e, certamente, a uma audiência maior) um mapa do progresso da igreja pelo mundo antigo.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para contar aos seus leitores como o evangelho rapidamente se espalhou pelo mundo antigo; e, também, para defender o cristianismo (isto é, para convencer seus leitores que o cristianismo não representava uma ameaça ao Império Romano).
45.  Romanos:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para os cristãos de Roma.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 55 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque Paulo queria evangelizar a Espanha e na viagem de ida conhecer os irmão de Roma, e ganhar a ajuda deles como igreja de apoio (15.24).
–       Para quê este livro foi escrito?   Paulo escreveu este livro para apresentar aos cristãos de Roma suas credenciais apostólicas e sua teologia (2.16; 16.25), na esperança que eles reconhecem a autenticidade do seu ministério (uma vez que eles não conheciam Paulo pessoalmente e muitos ainda tinham medo dele) e o apoiassem em sua viagem à Espanha.
46.  I Coríntios:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para os cristãos de Corinto, capital da Acaia.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 55 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque a igreja de Corinto dividiu-se em dois grupos, um que defendia que a associação do cristão com os pecadores era permissível e necessária (despencando para uma extrema frouxidão moral), e o outro, que defendia que um certo isolamento era essencial para preservar a santidade (despencando para um ascetismo doentio), julgando-se um mais inteligente ou espiritual que o outro, ameaçando o futuro daquela congregação.
–       Para quê este livro foi escrito?   Paulo escreveu este livro para tratar dos problemas daquela igreja (desafio à autoridade de Paulo, orgulho sobre a espiritualidade pessoal, falta de amor); para repreendê-los por terem deixado a situação chegar ao ponto em que chegou; e, para instruí-los doutrinariamente.
47.  II Coríntios:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para os cristãos de Corinto, capital da Acaia.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 55 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque a carta anterior do apóstolo Paulo (I Coríntios) havia alcançado seus objetivos, levando aquela congregação ao arrependimento.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para expressar a alegria de Paulo com o genuíno arrependimento da igreja de Corinto e da sua profunda afeição e lealdade a ele (7.6-15); para defender seu ministério apostólico contra acusações de “falsos apóstolos” (11.13) em Corinto (que desafiavam sua autoridade e a integridade de seu ministério); e, para instruí-los doutrinariamente.
48.  Gálatas:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para as igrejas do Sul da Galácia (Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe).
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 49 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque surgiram judeus agitadores entre os gálatas, tentando desacreditar o apóstolo Paulo com o objetivo de implantar nestas igrejas uma forma distorcida de cristianismo (um “evangelho” legalista, que requeria a circuncisão para a salvação – 6.12).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para defender o apóstolo Paulo de suas falsas acusações; para defender a “verdade do evangelho” (2.5, 14); e, para instruí-los a resistir aos corruptores da verdade a todo o custo (1.8-9).
49.  Efésios:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para a Igreja de Éfeso, em primeira mão, mas, certamente, também para todas as igrejas da Ásia.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 60-62 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque Paulo queria ensinar para os cristãos o “mistério da igreja”.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para ensinar, dentre outras verdades fabulosas, que: “A Igreja é a nova humanidade de Deus, uma colônia onde o Senhor da história estabeleceu uma amostra da unidade e dignidade renovada da raça humana (1.10-14; 2.11-11; 3.6,9-11; 4.1-6.9)”.
50.  Filipenses:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para a Igreja de Filipos.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 61 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque os filipenses estavam enfrentando perseguição (1.27-30) e sentindo as pressões exercidas pelos falsos ensinamentos (3.2-21). Os conflitos na igreja puseram em risco o testemunho dos crentes ao mundo e a sua capacidade de suportar seus ataques (1.27 – 2.18; 3.2-3).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para fortalecer e instruir os cristãos quanto à vida cristã; e, para ensiná-los que o sofrimento para o crente é “um prelúdio à ressurreição” (3.10-11).
51.  Colossenses:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para a Igreja de Colossos.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 60-62 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque os colossenses estavam lutando contra uma estranha forma de filosofia judaica de influência grega que considerava os cristãos ainda vulneráveis às forças espirituais (forças, estas, que precisavam ser aplacadas através da veneração, através de algum tipo de ascetismo em relação a comida e bebida, e pela observação de certos dias prescritos na lei cerimonial do Antigo Testamento).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para ajudar os cristãos a entender que, para ganharem aceitação perante Deus, eles precisam somente de Cristo.
52.  I Tessalonicenses:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para a Igreja de Tessalônica.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 50-51 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque os tessalonicenses continuavam firmes na fé, apesar da partida prematura de Paulo e de seus colaboradores e da perseguição que ainda sofriam de facções hostis.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para expressar a alegria de Paulo com a fidelidade daqueles irmãos; e, para fortalecê-los e instruí-los acerca de algumas questões comportamentais e doutrinárias (p.ex: Acerca dos “últimos dias”).
53.  II Tessalonicenses:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para a Igreja de Tessalônica.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 50-51 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque havia um mal-entendido entre os tessalonicenses de que o “Dia do Senhor” já havia ocorrido.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para corrigir o mal entendido acerca do “Dia do Senhor”; e, para instruí-los acerca de algumas questões comportamentais (p.ex: alguns queriam deixar de trabalhar).
54.  I Timóteo:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para Timóteo, o jovem pastor e companheiro de Paulo em suas viagens missionárias.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 62-64 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque Paulo estava preocupado com a pouca experiência de Timóteo, especialmente num momento em que a igreja estava sendo ameaçada com falsos ensinamentos, tais como a proibição de casamento e de certos alimentos, que a ressurreição já acontecera e pondo restrições à oração – uma forma primitiva de gnosticismo (1.7, 20; 2.12; 3.6; 5.19-20).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para orientar o jovem pastor e dar-lhe muitos conselhos práticos sobre como um líder da igreja deve atuar e como devem ser a organização e os relacionamentos na igreja; e, para treiná-lo em vários aspetos da “sã doutrina” para que ele pudesse combater os falsos mestres (1.10; 3.9; 4.6; 6.3).
55.  II Timóteo:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para Timóteo, o jovem pastor da igreja de Éfeso e companheiro de Paulo em suas viagens missionárias.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 68-68 d.C., quando Paulo estava preso em Roma (pouco antes do seu martírio).
–       Por que este livro foi escrito?     Porque Paulo queria ver Timóteo mais uma vez e entregar-lhe uma carta final de encorajamento pessoal em seu ministério (1.5-14; 2.1-16; 22-26; 3.10-4.5) e porque os falsos ensinamentos em Éfeso continuavam sendo um problema.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para solicitar ao jovem pastor que venha visitá-lo na prisão em Roma; para dar-lhe suas últimas instruções ministeriais; e, para treiná-lo mais uma vez em vários aspectos da “sã doutrina” para que ele pudesse continuar combatendo os falsos mestres.
56.  Tito:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para Tito (companheiro de Paulo em suas viagens, deixado na ilha de Creta para dar continuidade ao trabalho missionário que eles mesmos iniciaram).
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 62-64 d.C., quando as igrejas da ilha de Creta precisavam ser organizadas e estavam sendo ameaçadas por falsos mestres.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque Paulo queria instruir Tito quanto às igrejas sob sua coordenação.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para encorajar Tito a completar o seu ministério na ilha (organizando as igrejas, enfrentando os falsos mestres e orientando os crentes quanto à conduta adequada – 1.5-9; 1.10-14; 3.9-11); e, para orientá-lo a entregar as igrejas ao seu substituto quando ele chegasse e vir encontrar-se com Paulo em Nicópolis (3.12).
57.  Filemon:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para Filemon (um irmão cristão, dono de escravos em Colossos).
–       Por quem foi escrito (autor)?      Paulo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 60 d.C., quando Paulo esteve pela primeira vez numa prisão em Roma.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque, através dos ensinamentos de Paulo, Onésimo tinha se tornado cristão e queria acertar sua situação com Filemon (de quem havia fugido).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para registrar como o apóstolo Paulo, usando toda sua força pessoal para produzir uma solução cristã a um problema muito sério, pede a Filemon que perdoe e receba Onésimo de volta, não mais como escravo, mas como um irmão (como se estivesse recebendo o próprio Paulo).
58.  Hebreus:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para os cristãos judeus da Diáspora (a dispersão dos judeus fora da Palestina), provavelmente na Itália.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Autor desconhecido.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 64 d.C., quando Nero perseguiu a Igreja com muita violência.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque eles estavam sendo perseguidos pelos romanos pela segunda vez (um edito de Cláudio havia expulsado os judeus de Roma em 49. d.C.) e pelos judeus, que os expulsaram das sinagogas e da religião judaica (13.12-13), e corriam o perigo da apostasia (abandono da fé), talvez por medo da morte (2.14-18); também, porque passavam por uma transição de liderança (13.7, 17), estavam preocupados com segurança e permanência (6.19; 11.10; 13.8, 14).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para exortar e encorajar aqueles cristãos (3.13; 6.18; 10.25; 12.5; 13.22). O autor repetidamente chama seus leitores a uma ativa e corajosa resposta a todos estes problemas (4.11, 14, 16; 6.1; 10.19-25).
59.  Tiago:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para os cristãos judeus da Diáspora (a dispersão dos judeus fora da Palestina), de todos os lugares (1.1).
–       Por quem foi escrito (autor)?      Tiago (irmão de Jesus).
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 49 d.C., pouco depois do começo da perseguição aos cristãos que se difundiu na Diáspora.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque eles estavam sofrendo perseguições em todo o império romano.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para encorajar aqueles cristãos; para exortá-los a um viver santo; e, para mostrar-lhes que há um relacionamento crucial entre fé e obras ativas de obediência (2.14-26).
60.  I Pedro:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para os cristãos judeus da Diáspora (a dispersão dos judeus fora da Palestina), de todos os lugares (1.1).
–       Por quem foi escrito (autor)?      Pedro (irmão de Jesus).
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 60-68 d.C., antes do martírio de Pedro (que, segundo a tradição cristã, foi crucificado de cabeça para baixo).
–       Por que este livro foi escrito?     Porque os cristãos estavam sofrendo perseguição por causa da sua fé (1.6-7; 3.13-17; 4.12-19), insultos (4.4, 14), falsas acusações de má conduta (2.12; 3.16), espancamentos (2.20), ostracismo social, violência esporádica pela multidão e policiais.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para encorajar aqueles cristãos perseguidos e confusos a permanecer firmes na sua fé (5.12); e, para ensiná-los o comportamento correto do cristão no meio de sofrimento injusto (4.1, 19).
61.  II Pedro:
–       Para quem foi escrito este livro?  Indeterminado.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Pedro (irmão de Jesus).
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 67-68 d.C., antes do martírio de Pedro (que, segundo a tradição cristã, foi crucificado de cabeça para baixo).
–       Por que este livro foi escrito?     Porque seus leitores estavam sendo ameaçados por falso ensino (por alguma forma primitiva de gnosticismo, que ensinava a salvação pelo conhecimento intuitivo e esotérico – e não pela fé em Cristo; defendia a imoralidade – 2.13-19; negava o Senhor e desprezava sua autoridade – 2.1, 10; caluniava os seres celestiais – 2.10; e zombava da segunda vinda de Cristo – 3.3-4).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para enfatizar a verdade e as implicações éticas do Evangelho contra os falsos mestres.
62.  I João:
–       Para quem foi escrito este livro?  Indeterminado.
–       Por quem foi escrito (autor)?      João, o apóstolo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta dos anos 90-100 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque seus leitores estavam sendo ameaçados por um falso ensino que negava que Jesus Cristo havia se encarnado (4.2-3) (este falso ensino é chamado de Docetismo, uma variação do gnosticismo).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para reafirmar a verdade aos seus leitores; para, ressaltar os ideais cristãos de pureza e amor (pureza e amor são dons de Deus comunicados aos homens através da auto-revelação que Ele fez de si mesmo a nós – na encarnação de Cristo); e, para ensinar o que fazer com os falsos ensinamentos.
63.  II João:
–       Para quem foi escrito este livro?  “À senhora eleita e aos seus filhos…” (vs 1).
–       Por quem foi escrito (autor)?      João, o apóstolo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta dos anos 90-100 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque seus leitores estavam sendo ameaçados por um falso ensino que negava que Jesus Cristo havia se encarnado (4.2-3) (este falso ensino é chamado de Docetismo, uma variação do gnosticismo).
–       Para quê este livro foi escrito?   Para reafirmar a verdade aos seus leitores; para, ressaltar os ideais cristãos de pureza e amor; e, para ensinar como tratar os falsos mestres.
64.  III João:
–       Para quem foi escrito este livro?  “Ao amado Gaio…” (vs. 1).
–       Por quem foi escrito (autor)?      João, o apóstolo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta dos anos 80-90 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque havia uma rivalidade mesquinha entre Diótrefes e os demais líderes daquela igreja sobre a hospitalidade que deveria ser demonstrada para com os missionários viajantes.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para recomendar que a igreja recebesse com amor os missionários viajantes (inclusive Demétrio, que foi levar este carta àqueles cristãos); e, para repreender Diótrefes (por sua conduta em relação aos demais irmãos e aos missionários).
65.  Judas:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para todas as igrejas da época.
–       Por quem foi escrito (autor)?      Judas (irmão de Jesus).
–       Em qual momento histórico?      Por volta dos anos 65-67 d.C.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque as igrejas estavam sendo ameaçadas com uma falsa doutrina que ensinava que a nossa liberdade em Cristo nos permite viver na imoralidade.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para denunciar os falsos mestres; e, para exortar os leitores para que cresçam no conhecimento da verdade cristã (v. 20), que tenham um testemunho firme pela verdade (v. 3) e que procurem resgatar aqueles cuja fé estava hesitante (vs. 22-23).
          66.  Apocalipse:
–       Para quem foi escrito este livro?  Para as sete igrejas da Ásia.
–       Por quem foi escrito (autor)?      João, o apóstolo.
–       Em qual momento histórico?      Por volta do ano 95 d.C., quando o apóstolo João estava preso na ilha de Pátmos e a igreja continuava sendo perseguida.
–       Por que este livro foi escrito?     Porque os oficiais romanos queriam obrigar os cristãos a adorar o imperador e as falsas doutrinas tentavam os cristãos a se envolverem com a sociedade pagã.
–       Para quê este livro foi escrito?   Para assegurar aos cristãos que Cristo conhece as suas condições; e, para chamá-los a permanecer firmes contra todas as tentações, pois a vitória dos cristãos já foi assegurada pelo sangue do Cordeiro (5.9-10; 12.11), que voltará em breve para derrotar Satanás e todos os seus agentes (19.11-20.10), e o seu povo desfrutará da paz eterna em sua presença (7.15-17; 21.3-4).
 Cortesia: Universidade da Bíblia  
 Fonte:   Bíblia de Estudo de Genebra, 
Editora Cultura Crista e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 1728 p.