segunda-feira, 30 de outubro de 2017

"COMO FORMAR PESSOAS QUE NÃO FAZEM BULLYING"

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          Já que todos tememos ser vítimas de bullying, vale refletirmos sobre o que leva as crianças e adolescentes a serem agressivos e maldosos com os outros, que necessidade têm de se desfazer e de diminuir os demais?
          O que está em jogo nesse complicado quebra-cabeças é a capacidade e determinação que devemos ter como pais de ensinar aos nossos filhos que viver faz sentido. De mostrar, com atitudes simples e cotidianas, o valor da vida de cada um, ajudá-los a desenvolver uma autoimagem sadia e perceber o seu valor como pessoa. Somente quem constrói uma autoimagem positiva, quem aprende o valor da vida saberá valorizar sua vida e a dos outros. Cria-se a possibilidade de perceber o seu lugar no mundo, valorizando-o, e com isso perceber e valorizar o lugar do outro. Precisamos nos lembrar de que formar pessoas implica transformar impulsos em capacidade de afeto, em costurar um sentido para a vida de cada um, criando-os com autoestima. A possibilidade de afeto e de autoestima abre as portas a sujeitos que se cuidam e cuidam dos demais.
          Como fazer isso? Na simplicidade do convívio cotidiano. A capacidade de afeto se forma por meio dos limites firmes, bem definidos, sustentados com determinação e paciência. Resistir a todas as frustrações e sentimentos que os limites promovem e perceber que são amados torna-os capazes de afeto.
          Já a autoestima será construída, a preciosidade de viver será apreendida, nas trocas e conversas cotidianas. Recordar as histórias de cada um, a gravidez, o quanto foi esperado. Lembrar com alegria, reviver sentimentos, relatar detalhes alegres, preocupantes, engraçados. Segundo Capelatto, Moisés e Minatti (2006), “A voz dos adultos contando, dedicando-se nesse garimpo da memória, juntando seus próprios sentimentos, desperta sensações e mostra o principal: cada uma dessas crianças e adolescentes são queridos. Há tempos foi dado a eles um lugar insubstituível na família, na comunidade e no coração de pessoas queridas”. Quando esse lugar simbólico está bem determinado, há onde ancorar-se diante das adversidades e dificuldades. Quando se veem assim, conseguem perceber os outros como pessoas com seus devidos valores, que ocupam os seus lugares, também importantes.
          Conversar, relembrar, requer tempo e dedicação. É preciso que tenhamos consciência da importância dessas conversas, senão, por falta de tempo e excesso de compromissos, deixamos de lado essa importante parte de nossa missão de pais. Quando não proporcionamos essa experiência para nossos filhos, estamos deixando-os se aproximarem progressivamente da agressividade, da inveja, do sarcasmo. Surge com mais intensidade a possibilidade de agressão contra tudo e contra todos. O que se perde quando não há consciência do que se tem?
          A importância de cada um não pode ser aprendida de modo racional, simplesmente, tem de ser vivida, (re)lembrada, contada em histórias recheadas de afetos, pois “somente com essa identidade e esse conhecimento nuclear alguém pode respeitar a própria existência e a dos outros.”
          Vamos investir nosso tempo em um convívio recheado de pequenas histórias, gostosas lembranças. Vamos deixar para eles uma rica herança: a consciência de que é precioso viver.

 
Disponível em http://educandonacao.com.br/como-formar-pessoas-que-nao-fazem-bullying/


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