terça-feira, 29 de março de 2016

* “O Dom mais precioso é o Amor”

O Dom mais precioso é o Amor
          Amor se traduz por afeição, caridade, compaixão, benevolência, benefício concedido, boa-vontade.
          Deus é o autor e a fonte máxima do Amor, sendo o Amor em si mesmo. Jesus Cristo, como Filho de Deus, sempre foi objeto de um amor peculiar do Pai, pois sempre existiu com o Pai, não tendo princípio de dias, sendo eterno.
          Deus, provando o seu amor à humanidade, enviou ao mundo quem mais amava, Jesus Cristo, mostrando através da ação seu sentimento: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
          Cristo, por sua vez, se deu a si mesmo, sendo submisso ao Pai, obediente até a morte, e morte de cruz, também mostrando seu amor pela humanidade através da ação de se entregar, para resgate das almas fadadas à perdição.
          Jesus Cristo disse que toda a lei e os profetas (toda escritura, a Bíblia Sagrada), dependem de dois mandamentos: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. […] E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-40).
          Paulo nos exorta a amarmos, quando escreve em Cl 3.14 “E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição”.
          Quanto mais amarmos, com o amor de Cristo, mais nossa vida será um resplendor do Mestre, tendo os nossos corações compungidos a agir sempre em amor, como em atos de gratidão ao amor com que Ele nos amou.
“Toda boa dádiva
 e todo dom perfeito vêm do alto,
 descendo do Pai das luzes,
 em quem não há mudança,
 nem sombra de variação”
Tiago 1.17
          Todos os homens possuem os dons naturais, dados por Jesus Cristo: “Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens e até para os rebeldes, para que o Senhor Deus habitasse entre eles” (Sl 68.18).
          Paulo em 1 Cor 12, apresenta muitos dons que os homens podem obter da parte de Deus, e versa a respeito de diversos dons espirituais; mas ao falar do Amor, no capítulo 13, o chama de “caminho mais excelente”. Que caminho é este? Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida”. Logo, este caminho mais excelente, O Amor, é o próprio Cristo em nós, pois Deus é Amor.
          Portanto, o Amor não é uma simples vocação, mas uma “atitude” em Cristo, correspondente a uma exigência de Deus, pautado na obediência; os dons não são suficientes para a salvação, pois se exteriorizam como aptidões naturais ou espirituais, e “porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11.29); já o amor, é necessário para a salvação, sendo uma das 09 facetas do “fruto” do Espírito (Gl 5.22), e uma transmissão da vontade de Deus através do ser humano, tendo como principal fundamento o “relacionamento”.
          Podemos então correlacionar o “Amor” ao “Dom” peculiar de Deus somente através da pessoa de Cristo, e não a tendências individuais instintivas.
          Dom é dádiva, e a dádiva maior de Deus aos homens é Cristo; desta forma, obter o Dom do Amor não é obter um “talento”, mas é obter a própria pessoa de Cristo em nossas vidas, e somente através de um relacionamento com Ele, poderemos agir em Amor, sendo que o próprio Jesus Cristo disse: “… porque sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5)!
          “O Dom mais precioso é o Amor”. O Dom mais precioso é Cristo.
 Ernesto G. Iasulaitis
(Professor de Teologia da Faculdade Evangélica de São Paulo )
http://www.universidadedabiblia.com.br

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