quinta-feira, 5 de maio de 2016

Deuteronômio 8:11 a 20


"Guarda-te não te esqueças do Senhor,
 teu Deus,
 não cumprindo os seus mandamentos, 
os seus juízos e os seus estatutos,
 que hoje te ordeno; 
para não suceder que,
 depois de teres comido e estiveres farto, 
e de teres edificado boas casas,
 e nelas morado, 
e de se multiplicarem os teus gados e os teus rebanhos, 
e se aumentar a prata e o ouro,
 e multiplicar-se tudo quanto tens, 
se exalte o teu coração,
 e te esqueças do Senhor, 
teu Deus, 
que te tirou da terra do Egito,
 da casa da servidão;
 (...) E digas no teu coração:
 A minha força, 
e a fortaleza da minha mão,
 me adquiriram estas riquezas.
 Antes,
 te lembrarás do Senhor, 
teu Deus, 
que ele é o que te dá força para adquirires riquezas; 
para confirmar a sua aliança, 
que jurou a teus pais,
 como se vê neste dia."
Deuteronômio 8. 11 a 20

          Moisés, às portas da Terra Prometida, não estava preocupado com a escassez, mas sim com a abundância. Ele sabia que o deserto havia forçado o povo à dependência total de Deus (água da rocha, maná do céu). Agora, entrando em uma terra onde "teriam toda a comida que quisessem" (v. 9), o perigo seria o orgulho e o esquecimento.
          O versículo 12 descreve o cenário: comer bem, morar em casas boas, ter riquezas e bens multiplicados. O conforto e a prosperidade têm um efeito colateral traiçoeiro: fazem o coração se exaltar (v. 14) e nos levam a atribuir o sucesso à nossa própria capacidade.
          O clímax desta passagem está no versículo 18: "Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, que ele é o que te dá força para adquirires riquezas."
          Moisés não diz que a riqueza é errada. Ele diz que a fonte da riqueza (e de toda capacidade) deve ser reconhecida. É Deus quem nos dá saúde, inteligência, oportunidades e talentos para prosperar. Esquecer-se disso é cair na armadilha do ego, o mesmo pecado que levou Israel a sofrer no deserto e que, no futuro, os levaria à destruição (v. 19-20).
          Lembrar de Deus não é apenas um ato de gratidão; é um ato de obediência. É reconhecer a Aliança, a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas, e responder a esse amor com a guarda dos Seus mandamentos.
          Vivemos em um mundo de abundância (pelo menos para muitos de nós, em comparação com outras épocas). Nossos "ganhos" e "sucessos" estão sempre à vista.
          Que cultivemos a memória Ativa. Façamos um inventário das bênçãos e das dificuldades do tempo de "deserto" pessoal e nos lembremos de como Deus nos sustentou quando não tinhamos nada.
          Que pratiquemos a humildade diária diante de uma conquista, paremos e reconheçamos que a força, a ideia, ou a oportunidade vieram de Deus. Essa humildade é a "vacina" contra o esquecimento e o orgulho.
          Que respondamos com obediência demonstrando a verdadeira gratidão manifestada em uma vida que busca cumprir os mandamentos de Deus (v. 11).
          Que o Senhor nos ajude a nunca esquecer as lições do deserto quando estivermos desfrutando da Terra Prometida, e a viver em constante gratidão e obediência a Ele, digno de toda honra, toda glória e todo o louvor!


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