Versículo do Dia:
“Confia os teus cuidados ao SENHOR,
e ele te susterá.”
Salmos 55.22
A inquietação, ainda que exercida sobre assuntos legítimos, levada ao excesso, possui em si mesma a natureza do pecado. O preceito de evitar a inquietação é repetido diversas vezes por nosso Senhor. É um preceito reiterado pelos apóstolos; é um princípio que não pode ser negligenciado sem envolver transgressão, pois a própria essência da prudência ansiosa é o pensamento de que somos mais sábios que Deus e, a ação de, com ímpeto, colocarmos a nós mesmos no lugar dele, a fim de fazermos por Ele o que Ele incumbiu-se de fazer por nós. Tentamos pensar naquilo que imaginamos que Ele esquecerá. Esforçamo-nos para levar sobre nós mesmos nossos pesados fardos, como se o Senhor fosse indisposto ou incapaz de leva-los em nosso lugar. Tal desobediência a este princípio de nosso Senhor, esta incredulidade para com sua Palavra, esta presunção de intrometer-se em sua providência, tudo isto é pecaminoso. E mais do que isto: a inquietação frequentemente leva ao pecado. Aquele que não consegue entregar, com tranquilidade, os seus assuntos nas mãos de Deus, mas carrega os próprios fardos, esse provavelmente será tentado a usar meios errados para ajudar a si mesmo. Este pecado leva a esquecer de Deus como nosso Conselheiro e, em vez disso, a recorrer à sabedoria humana. Isto equivale a beber das “cisternas rotas”, em vez de beber do “manancial de águas vivas” (Jeremias 2.13) – um pecado cometido pelo Israel do passado.
A ansiedade nos faz duvidar da bondade de Deus, e nosso amor por Ele se torna frio. Se desconfiamos e entristecemos o Espírito Santo, nossas orações são obstruídas, nosso exemplo de consistência é manchado, e vivemos no egoísmo. Se, à medida que nossos fardos nos sobrevierem, os lançarmos no Senhor, não ficando ansiosos (Filipenses 4.6), isto nos tornará mais próximos dele e nos fortalecerá contra essa tentação.
“Tu,
SENHOR,
conservarás em perfeita paz
aquele cujo propósito é firme;
porque ele confia em ti”
Isaías 26.3
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