sexta-feira, 31 de março de 2017

"O Livro de Levítico"

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Título

          Em hebraico, os livros de Moisés não têm títulos particulares; servem lhes de título as primeiras palavras do livro. No Gênesis o preâmbulo “no princípio” define o caráter do todo o livro, e acontece o mesmo com as palavras “chamou o SENHOR” que abrem o Levítico.
          Realmente não há outro livro da Bíblia que contenha tantas palavras expressas pelo próprio Deus. Nesse livro, Deus, de Seu santuário celeste, chama a Moisés e com ele a todo Israel. O Senhor exorta o homem a se santificar para se aproximar dEle. Isto seria o papel principal da tribo de Levi.   Como esse conjunto de ordenanças rituais que compõe o livro regula o comportamento dos sacerdotes em seu ofício, os tradutores da versão grega dos Setenta, intitularam-no simplesmente Levítico.

Finalidade do Livro

          A santidade de Deus tem exigências das quais o homem não está consciente. Moisés foi intimado a se apresentar à tenda da congregação, onde Deus estava, para receber dEle as diretrizes de que Israel precisava. Mas, por que tantas instituições cerimoniais, cujos detalhes são minuciosamente previstos por Deus, e onde nada foi deixado ao acaso? O Espírito de Deus tem em vista aqui uma dupla finalidade.

          a) Mostrar ao israelita o contraste entre suas limitações próprias e a justiça absoluta dAquele que lhe fala, e esta é a palavra chave do livro: “Disse o SENHOR a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque Eu, o SENHOR vosso Deus sou santo” (19:1,2).
 
          b) Apresentar com antecedência ao israelita o supremo sacrifício, o de Jesus Cristo, através dos múltiplos holocaustos e sacrifícios de expiação, que prefiguram a obra realizada na cruz do Calvário.
 
          É, pois, um livro que não revela seus tesouros, senão á luz do Novo Testamento, e que só pode ser meditado se nos colocarmos diante da Pessoa e obra de Jesus Cristo.

O plano do livro

          Capítulo 1-10: o que Deus propõe a Israel
          Cinco sacrifícios (cap. 1-5)
          Um sacerdócio bem regulado (cap. 6 e 7)
          Sacerdotes inteiramente consagrados (cap. 8-10).
          Capítulos 11-27: o que Deus prescreve a Israel
          Leis absolutas abrangendo todos os domínios da vida.
 
          Nesta seção alguns capítulos são mais importantes que outros:

          13-14 – A lei sobre a lepra, que prefigura a obra de Cristo em relação ao pecado.
16 – A lei da cerimônia das expiações, tipo da obra de Cristo na cruz.
23 – A lei sobre as festas de Israel, imagens representando o conjunto da obra eterna de Cristo.
26 – As bênçãos, que ilustram a sorte presente e futura do povo de Israel, fora de Cristo e depois em Cristo.

Glossário

7:34
O peito movido – Ato de apresentação a Deus, com movimento de um lado para outro (confira 7:34 e 23:11).
 
8:7,8
A estola sacerdotal – Estola é a túnica do sacerdote, guarnecida de pedras preciosas (confira Êxodo 28:6-30) entre elas o Urim e o Tumim (luz e perfeição): antes que Sua palavra fosse escrita, Deus dava certas diretrizes por intermédio desses objetos, cuja natureza exata nos é desconhecida (confira Números 27:21; 1 Samuel 23:9 e 28:6; Esdras 2:63).
 
8:10,12-13;10:3
Consagrar – Separar, santificar.
 
10:6
“Para que não morrais” – Para um sacerdote, tocar um cadáver representava grave imundícia, impedindo-o de servir ao Deus vivo.
 
14:4
Hissopo – Pequena sarça (1 Reis 4:33) cujos ra¬mos serviam de pincel.
 
4:10
Efa – Medida de capacidade.
 
16:8
Bode emissário – O primeiro bode degolado sobre o altar, prefigura a obra expiatória de Cristo, “entregue por causa das nossas transgressões” (Romanos 4:25 a). O segundo bode, enviado vivo ao deserto, prefigura a obra de Cristo “ressuscitado por causa da nossa justificação” (Romanos 4:25 b). Não somente levou nosso pecado na Cruz, mas, enfrentando o diabo que nos acusa, Ele o expulsou para sempre!
 
20:4
Moloque – deus pagão ao qual os idolatras ofereciam sacrifício de crianças (confira 18:21; 2 Reis 23:10; Jeremias 32:35).
 
27:28-29
Santíssima ao SENHOR – Objeto, animal ou pessoa consagrada a Deus de que o homem não podia se apoderar sem incorrer em severo julgamento divino. Ilustração: Josué7.

Por J. H. Alexander

Cortesia Universidade da Bíblia
de www.universidadedabiblia.com.br


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