segunda-feira, 29 de abril de 2024

"Construindo um Relacionamento com Deus no secreto"

 

          Em nosso mundo atual, somos constantemente bombardeados por distrações que moldam nossas prioridades de forma mundana desde cedo. Muitas vezes, vivemos sem compromissos de longo prazo e sem intencionalidade em nossas ações. 

          A distração tem o poder de desviar nosso foco do propósito, dos relacionamentos, do convívio, dos sonhos e do planejamento. Pode parecer um exagero, mas não é. As distrações estão por toda parte, incessantemente nos puxando para esse lugar onde a falta de foco preenche nosso tempo ocioso, proporcionando prazer e conforto, nos mantendo em um estado de espera constante e fazendo-nos perder o controle de nossas vidas. 

          É importante reconhecer que a distração também pode desencadear a liberação de dopamina, um neurotransmissor que desempenha um papel crucial na transmissão de informações do cérebro para diversas partes do corpo. A dopamina é conhecida como um dos "hormônios da felicidade" e quando é liberada, experimentamos a sensação de prazer. 

          Não estamos sugerindo que a distração seja intrinsecamente negativa, mas sim que o excesso dela pode nos prejudicar. Por exemplo, é comum nos vermos distraídos por uma mensagem rápida no celular que, de repente, leva-nos a conferir as redes sociais, e quando percebemos, perdemos muito mais tempo do que pretendíamos, prejudicando compromissos e prazos. 

          Infelizmente, a distração muitas vezes nos impede de manter a constância em áreas importantes de nossas vidas, como o tempo dedicado à nossa espiritualidade. Quando eliminamos as distrações, podemos ser mais intencionais em todos os aspectos de nossa vida. 

          A questão da constância também é relevante. Muitos de nós enfrentam dificuldades em manter a constância em nossos momentos de espiritualidade devido à falta de compreensão de que isso é uma forma de adoração racional a Deus. Mesmo quando não estamos motivados, escolhemos continuar, por obediência, amor e escolha consciente. 

          Precisamos transcender o aspecto emocional quando se trata de manter a constância em nossa vida espiritual e adotar uma abordagem racional. Mesmo quando a vontade não está presente, continuamos porque escolhemos construir um relacionamento com Deus, até que o tempo dedicado a Ele nos satisfaça tanto que será difícil sair desse momento de intimidade. 

          Portanto, convidamos você a retornar ao lugar onde a presença do Abba, nosso Pai, é suficiente. Voltamos ao propósito inicial, que remonta a Gênesis e perdura até hoje: o nosso relacionamento com Deus. Este relacionamento não é apenas o de servo e Senhor, mas de filhos para com o Pai. 

          Ao cultivarmos esse relacionamento íntimo com nosso Pai em momentos de intimidade espiritual, vemos Deus remover as imperfeições de nosso caráter, emoções e personalidade que foram moldadas pelo mundo e pela cultura. O mundo, segundo a Bíblia, jaz no maligno, e tudo o que o mundo oferece é morte, engano e distorção da nossa verdadeira identidade. 

          No entanto, na presença do Pai, encontramos destino, aceitação e cura. Podemos afirmar com confiança que somos amados, escolhidos e verdadeiramente filhos de Deus. Portanto, não negocie mais com sua consciência e sua rotina; priorize seu relacionamento com Ele. Quanto mais nos relacionamos com nosso Pai, mais nos tornamos semelhantes a Ele. 

          Reflexão: 

          Você tem dificuldade em priorizar Deus em sua rotina diária? Se tua resposta for afirmativa, o que mais te distrai? 

          Como pode ser mais intencional em seu propósito com Deus, considerando que o tempo de devoção é uma questão de disciplina racional e não apenas de vontade emocional? 

          Quanto tempo você passa lendo a Bíblia? Quanto tempo você passa no celular ou televisão? 

          Qual o nome da sua distração? 

          O que você pretende fazer para eliminar suas distrações e priorizar seu tempo com Deus?

          😉 Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. 

          Primeiro: a dizer não. 

          Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer não.