Em nosso mundo atual, somos constantemente bombardeados por distrações que moldam nossas prioridades de forma mundana desde cedo. Muitas vezes, vivemos sem compromissos de longo prazo e sem intencionalidade em nossas ações.
A distração tem o poder de desviar nosso foco do propósito, dos relacionamentos, do convívio, dos sonhos e do planejamento. Pode parecer um exagero, mas não é. As distrações estão por toda parte, incessantemente nos puxando para esse lugar onde a falta de foco preenche nosso tempo ocioso, proporcionando prazer e conforto, nos mantendo em um estado de espera constante e fazendo-nos perder o controle de nossas vidas.
É importante reconhecer que a distração também pode desencadear a liberação de dopamina, um neurotransmissor que desempenha um papel crucial na transmissão de informações do cérebro para diversas partes do corpo. A dopamina é conhecida como um dos "hormônios da felicidade" e quando é liberada, experimentamos a sensação de prazer.
Não estamos sugerindo que a distração seja intrinsecamente negativa, mas sim que o excesso dela pode nos prejudicar. Por exemplo, é comum nos vermos distraídos por uma mensagem rápida no celular que, de repente, leva-nos a conferir as redes sociais, e quando percebemos, perdemos muito mais tempo do que pretendíamos, prejudicando compromissos e prazos.
Infelizmente, a distração muitas vezes nos impede de manter a constância em áreas importantes de nossas vidas, como o tempo dedicado à nossa espiritualidade. Quando eliminamos as distrações, podemos ser mais intencionais em todos os aspectos de nossa vida.
A questão da constância também é relevante. Muitos de nós enfrentam dificuldades em manter a constância em nossos momentos de espiritualidade devido à falta de compreensão de que isso é uma forma de adoração racional a Deus. Mesmo quando não estamos motivados, escolhemos continuar, por obediência, amor e escolha consciente.
Precisamos transcender o aspecto emocional quando se trata de manter a constância em nossa vida espiritual e adotar uma abordagem racional. Mesmo quando a vontade não está presente, continuamos porque escolhemos construir um relacionamento com Deus, até que o tempo dedicado a Ele nos satisfaça tanto que será difícil sair desse momento de intimidade.
Portanto, convidamos você a retornar ao lugar onde a presença do Abba, nosso Pai, é suficiente. Voltamos ao propósito inicial, que remonta a Gênesis e perdura até hoje: o nosso relacionamento com Deus. Este relacionamento não é apenas o de servo e Senhor, mas de filhos para com o Pai.
Ao cultivarmos esse relacionamento íntimo com nosso Pai em momentos de intimidade espiritual, vemos Deus remover as imperfeições de nosso caráter, emoções e personalidade que foram moldadas pelo mundo e pela cultura. O mundo, segundo a Bíblia, jaz no maligno, e tudo o que o mundo oferece é morte, engano e distorção da nossa verdadeira identidade.
No entanto, na presença do Pai, encontramos destino, aceitação e cura. Podemos afirmar com confiança que somos amados, escolhidos e verdadeiramente filhos de Deus. Portanto, não negocie mais com sua consciência e sua rotina; priorize seu relacionamento com Ele. Quanto mais nos relacionamos com nosso Pai, mais nos tornamos semelhantes a Ele.
Reflexão:
Você tem dificuldade em priorizar Deus em sua rotina diária? Se tua resposta for afirmativa, o que mais te distrai?
Como pode ser mais intencional em seu propósito com Deus, considerando que o tempo de devoção é uma questão de disciplina racional e não apenas de vontade emocional?
Quanto tempo você passa lendo a Bíblia? Quanto tempo você passa no celular ou televisão?
Qual o nome da sua distração?
O que você pretende fazer para eliminar suas distrações e priorizar seu tempo com Deus?
😉 Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer não.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer não.