Lucas 2: 1-20
Jonathas Braga
Enfim outro lugar não mais havia,
Senão a pobre e humilde estrebaria,
Onde o casal, solícito, pousou...
Ouviu-se um eco de trombetas vária
E, pelas célias plagas solitárias,
Grandiosa estrela, súbito, brilhou!
Algumas zagais, na estrela o olhar fixando,
Deixam os seus rebanhos repousando
E vão depressa em busca de Belém...
E ali, no feno, em seu fulgor divino,
Vão encontrar, enfim, o pequenino,
A quem a virgem, com amor, sustém.
Quanta humildade existe nesse canto
E ao mesmo tempo, que divino encanto
Se pode ver em torno de Jesus!
Ele os olhitos volve para o teto
E o seu olhar insonte e circunspecto
É para os pobres que derrama luz.
É para os pobres que ele tem nascido,
Porquanto o tem os ricos esquecido
E nem equer o buscam conhecer.
Toda a humanidade que a Jesus circunda
Os corações dos míseros inunda
Como um clarão divino de poder!
E, enquanto tem os príncipes toucados
E vestem sedas, linhos brocados,
Jesus apenas pobres palhas tem...
Onde, porém, existe mais poesia
Do que esse poema que enche de alegria
A manjedoura humilde de Belém?
de
betebloging.blogspot.com.br
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