Ao transmitir, suas idéias poderão ser absorvidas, questionadas ou rejeitadas, pois quem as ouve pode contribuir com o que pensa sobre elas. Assim, seus conhecimentos deixam de ser subjetivos e passam para o objetivo campo da realidade exterior. Um conhecimento externado tem muito mais serventia que congelado dentro de si mesmo.
O mestre é um degrau para o seu aprendiz chegar à sabedoria. Quem ensina se alegra com quem aprende, porque passa a fazer parte do seu aprendiz através de uma semente de saber. Assim, cada vez mais o aprendiz sabe mais. Isso é natural. O aluno tem de superar o professor. O verdadeiro mestre se orgulha de ter sido um degrau na vida de seu aprendiz que venceu na vida. Ele se sente um dos colaboradores deste sucesso. “Ele foi meu aluno”.
O ensinar é realizador, prazeroso e gratificante. É como ver desabrochar a flor cuja semente você plantou. O conhecimento deve ser dosado pelo interesse e capacidade de aprendizagem do aprendiz. Muita luz pode cegar o olho acostumado à penumbra. O aprendiz além de receber o conhecimento, está absorvendo o prazer do mestre que nele se transforma em prazer de aprender. E o que se aprende não se esquece jamais. O sofrimento grava o sentimento e o não conhecimento.
É transitório e medíocre o abuso do poder do saber sobre quem não sabe. Este poder só alimenta a mesquinha vaidade pessoal. O verdadeiro alimento da alma é a grata alegria de aprender que o aprendiz lhe retorna através de afeto, admiração e respeito por você que lhe abriu as portas.
Ensinar é abrir a cabeça para perguntas. São as incomodativas questões que resolvem os acomodados neurônios em busca de novas respostas. Ensinar é um gesto de generosidade, humanidade e humildade. É oferecer alimento saboroso, nutritivo àqueles que querem saber mais.
Porque Ensinar é um gesto de amor.
Içami Tiba
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