sábado, 22 de março de 2014

"Na humilde Manjedoura em Belém"



Lucas 2: 1-20
Jonathas Braga

Enfim outro lugar não mais havia,
Senão a pobre e humilde estrebaria,
Onde o casal, solícito, pousou...

Ouviu-se um eco de trombetas vária
E, pelas célias plagas solitárias,
Grandiosa estrela, súbito, brilhou!

Algumas zagais, na estrela o olhar fixando,
Deixam os seus rebanhos repousando
E vão depressa em busca de Belém...

E ali, no feno, em seu fulgor divino,
Vão encontrar, enfim, o pequenino,
A quem a virgem, com amor, sustém.

Quanta humildade existe nesse canto
E ao mesmo tempo, que divino encanto
Se pode ver em torno de Jesus!

Ele os olhitos volve para o teto
E o seu olhar insonte e circunspecto
É para os pobres que derrama luz.

É para os pobres que ele tem nascido,
Porquanto o tem os ricos esquecido
E nem equer o buscam conhecer.

Toda a humanidade que a Jesus circunda
Os corações dos míseros inunda
Como um clarão divino de poder!

E, enquanto tem os príncipes toucados
E vestem sedas, linhos brocados,
Jesus apenas pobres palhas tem...

Onde, porém, existe mais poesia
Do que esse poema que enche de alegria
A manjedoura humilde de Belém?

de
betebloging.blogspot.com.br



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