Seu pai o mandava fazer as lições; conselhos lhe dava, passava sermões.
Pedrinho, no entanto, fugia da escola; andava nas ruas,brincando com bola.
Só lia revista de história em quadrinhos, com tiros, flechadas, bandidos, mocinhos...
Seu mano Zezinho vivia e estudar. Ninguém precisava conselhos lhe dar.
Na ponta da língua sabia a lição.
A professora nunca chamou-lhe a atenção.
Walter N. Freitas
Tornaram-se moços, não são mais meninos, porém não tiveram os mesmos destinos.
Zezinho formou-se. É um grande engenheiro. Pedrinho tornou-se um grande arroaceiro.
Enquanto Zezinho está bem e feliz, Pedrinho é um coitado. Ele próprio o diz.
Só agora compreende que é tarde demais. O tempo perdido não volta jamais.
Walter N. Freitas
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