Em meio a tantos questionamentos mediante ao seu sofrimento, Jó se via em meio a lutas espirituais e filosóficas, e chama a atenção de Deus que vem até ele, em meio a um redemoinho, para instruí-lo em contra-partida à sua ignorância.
Em tudo o que Deus declara em seu discurso, não faz a mínima menção das aflições de Jó, nem sequer da razão de seu sofrimento. O livro de Jó ilustra uma pergunta humana básica: "Porque existe o mal no mundo?" Há quem afirme que a presença do mal comprova que Deus não pode ser todo-poderoso e todo-amoroso ao mesmo tempo. Se Deus for todo-amoroso fica claro que não terá poder de acabar com o mal. Se, entretanto, for todo-poderoso, mas ainda permitir que o mal ande solto, decerto não poderá ser todo-amoroso.
Nas falas de Deus, ele demonstra ser todo-poderoso e todo-amoroso, deixando a argumentação de Jó sem solução. Deus nunca chega a responder a tudo o que Jó disse, mas também não abandona a opinião de que Jó é inculpável. No fim, Deus apoia a Jó e repreende os amigos deste, deixando a sentença deles nas mãos do homem que estiveram acusando. Jó, na sua retidão, perdoa aos que o acusavam com injustiça, e ora por eles. Deus concedeu a Jó certo grau de vindicação, mas somente depois que cessou de exigi-la.
No tocante a Deus, existem muitas coisas que nunca compreenderemos. O que significa para Deus ser Auto-Existente - não ter começo nem fim? Semelhante mistério ultrapassa o nosso entendimento. Mas, mesmo nunca chegando a compreender tudo quanto Deus é, nada nos impede de ter um relacionamento significativo com Ele.
Deus revelou-se mediante o Seu Filho, Jesus Cristo. Jesus disse: "Quem me vê a mim vê o Pai." ( João 14. 9 )
Cultivando um relacionamento com Jesus Cristo, chegamos a conhecer Deus por meio de um ser de carne e sangue. Como disse Moisés ao povo de Israel: "As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós, e a nossos filhos, para sempre." ( Deuteronômio 29. 29 )
Que a nossa busca por mais de Deus saiba reconhecer que Ele é Todo-Poderoso em toda a Sua obra da criação, que Ele nos dá revelações da Sua existência e da Sua Palavra, mas que há limites ao que pertence só a Ele e que quando confiamos de todo o coração, não são necessários argumentos e nem questionamentos quanto à Sua Pessoa, e sim uma fé firme de que Ele está no controle de todas as coisas. Isso sim nos revela um Deus Todo-Amoroso!
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