quarta-feira, 24 de novembro de 2021

"Daniel 10"



 “Pereceria sem dúvida,

se não cresse que veria os bens do Senhor na terra dos viventes.

Espera no Senhor,

anima-te,

e ele fortalecerá o teu coração;

espera,

pois,

no Senhor.”

Salmos 27:13, 14




Quando estamos preocupados e envolvidos com problemas insolúveis, gostaríamos de ter alguém que nos escutasse e apoiasse, porém, nem sempre é assim; por vezes parece que ninguém nos escuta, nem mesmo Deus. No capítulo 10 temos o mistério do silêncio de Deus.

Os seres humanos possuem o grande anseio de comunicar-se com alguém além das estrelas. Desejamos enviar mensagens para algum lugar acolá. Por isso nos perguntamos: existe vida em outros planetas? Existe alguém além das estrelas que possa responder às perguntas mais profundas de nossos corações?

O profeta Daniel, em seu décimo capítulo, revela a certeza que possuía de que existe alguém além das estrelas. Não um alienígena, não um extraterrestre, mas um Deus pessoal, que criou o Universo e todas as coisas visíveis e invisíveis. Um Deus pessoal que ama e Se preocupa com Suas criaturas.

Daniel. O profeta enviou um sinal para muito além dos limites de nosso planeta. Esse sinal foi captado, ouvido e atendido; Deus pessoalmente o respondeu. “No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome se chama Beltessazar. Uma palavra verdadeira concernente a um grande conflito. Ele entendeu esta palavra e teve entendimento da visão.” (Verso 1). Isto, no terceiro ano de Ciro (535 AC) Quando Daniel foi levado cativo? Em 605 AC. Setenta anos se passaram e a essa altura, Daniel estava com cerca de 87 anos. Esses setenta anos tinham sido profetizados pelo profeta Jeremias, que afirmou que Jerusalém seria escrava de Babilônia por 70 anos.

Daniel sabia que esse período profético estava no fim e seu povo ainda não tinha sido libertado. Os judeus continuavam em cativeiro, embora a Medo-Pérsia houvesse derrotado Babilônia. Daniel estava orando porque o tempo profetizado estava sendo prolongado. Ele desejava a libertação, ir para Jerusalém e adorar; ele queria que os prisioneiros fossem libertos e que Deus cumprisse Sua promessa. Mas o tempo parecia se dilatar.

O velho profeta estava preocupado. Façamos um parêntese para pensar, em nossos dias o tempo também está sendo prolongado. Cristo foi para o Céu e disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” João 14:1 a 3. Mas essa promessa tem sido delongada, mais dois mil anos já se passaram. Todavia, o momento da libertação está próximo. Olhamos ao redor e clamamos a Deus como fez Daniel no capítulo 10, verso 1. O tempo já se alonga. A hora da libertação é agora!

Daniel orou para que os judeus fossem libertados e voltassem a Jerusalém para adorar. Nós oramos para ser libertos do domínio do pecado e da morte, dos problemas e sofrimentos deste mundo. Certamente seremos levados para a Nova Jerusalém onde os nossos corações se sentirão à vontade para adorar a Deus. Diante disso, podemos identificar-nos com Daniel, não é mesmo? Também estamos longe de casa e somos prisioneiros do pecado, suas consequências e da morte; por isso clamamos como Daniel: “O tempo determinado tem sido prolongado.”

Prosseguindo. Verso 2: “Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas inteiras.” Os judeus continuavam como prisioneiros após os 70 anos, por isso Daniel orava dizendo: “Deus, faça alguma coisa… Deus, faça alguma coisa… Deus, liberte-nos!” Ele jejuou e orou por três semanas completas. Esse é o motivo do nosso jejum de Daniel, nós que esperamos a vinda de Cristo. O desafio é para que oremos; que tratemos de nossos corpos que são templos do Espírito Santo. Eles não são casa de diversão para que permitamos que seus sentidos sintam desejos por todos os tipos de alimentos que o arruínam. Cristo está apelando para que dediquemos mente, corpo e espírito a Ele.

Daniel desejava a libertação e orava. A Bíblia diz em Daniel 10, verso 4: “No vigésimo quarto dia do primeiro mês…” Daniel orou por três semanas e aparentemente nada acontecera. O primeiro dia se passou sem resposta, o segundo dia, uma semana, duas semanas, três semanas se passaram sem resposta.

Alguma vez você já orou e aparentemente não recebeu resposta? Não sentiu nenhum alívio após ter orado, mesmo assim continuou a orar como antes? Já passou por essa experiência? Que sensação incômoda! Você ora e parece que a oração vai até o teto e volta. Ora e nada sente de especial em seu íntimo, não sente a presença de Deus ao redor. Se você já teve essa experiência, pode identificar-se com Daniel. Ele sentia que suas orações não estavam sendo ouvidas e muito menos respondidas. Mas enquanto perseverava em oração, alguma coisa surpreendente aconteceu. Daniel 10, verso 5: “Levantei os olhos, olhei, e vi um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz. O seu corpo era como berilo, o seu rosto parecia um relâmpago, os seus olhos eram como tachas de fogo, os seus braços e os seus pés como o brilho de bronze polido, e a voz das suas palavras como a voz de uma multidão.” Verso 8: “Fiquei pois eu só a contemplar a grande visão, e não ficou força em mim; desfigurou-se a feição do meu rosto, e não retive força alguma.” O que significa força? Força é sinônimo de vigor, vitalidade. Daniel perdeu sua vitalidade, suas forças e desmaiou.

Ele orou por três semanas e aparentemente não foi atendido. Então, um ser de brilho ofuscante apareceu; um majestoso e fantástico ser surgiu diante do profeta. Seu brilho era tão magnífico, tão intenso, que Daniel desmaiou. Quem era esse Ser de tamanha glória, que considerou Daniel tão precioso? Em Daniel 10, foi Jesus Cristo que desceu do Céu para estar com o venerando e angustiado profeta.

No lugar secreto de oração, quando seu coração parecer destruído, quando você não sentir que suas orações estão sendo ouvidas, Jesus Cristo, o Divino Vigilante, desce do céu. Se cortina entre o temporal e a eternidade pudesse ser erguida, se nossos olhos pudessem enxergar a dimensão celestial, veríamos Cristo conosco envolvendo-nos com Seu onipotente braço, assegurando-nos que Ele ouviu nossa prece, e mesmo que ainda não tenhamos obtido a solução, o amabilíssimo Salvador está resolvendo nossas dificuldades.

Na próxima vez que você orar, imagine que onde quer que estiver ajoelhado, existe um Ser de um brilho esplendoroso presente. Seus olhos são como chamas do fogo, radiantes da glória de Deus. E imagine que enquanto você está ajoelhado, com o coração debilitado e desesperançado, Ele desce dos céus e se ajoelha ao seu lado.

No capítulo 10 verificamos que o profeta havia desmaiado. Não suportou a presença de Deus e enquanto desfalecido, o anjo veio e tocou-lhe o ombro, dizendo: “Daniel, deixe-me explicar-lhe sobre o Ser que você acabou de ver.” Ele disse que em razão de nenhum homem suportar a presença de Deus, o Senhor queira assegurar-lhe que estava ouvindo suas orações, por isso Ele o envolveu em sua glória.

Daniel 10, verso 11: “E ele disse: Daniel, homem muito amado, atende às palavras que te vou dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque te fui enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, pus-me em pé, tremendo.”

Imagine a situação. O anjo Gabriel desceu dos céus e disse: “Daniel, no primeiro dia que você orou não veio resposta, no segundo… nada, no terceiro, silêncio. Você orou por três semanas sem respostas concretas. Mas Jesus observou-o em todos os momentos. Jesus estava ouvindo suas orações. E para assegurar-lhe sobre seu cuidado, amor e preocupação, esse Ser de deslumbrante brilho que você viu descer, era Jesus. Você é um homem muito amado.” 

Por isso, nas suas orações, quando você se sentir desencorajado, deprimido, oprimido e observar que tudo ao seu redor é escuridão; quando parecer que suas orações não possuem impulso sequer para ultrapassar o teto, e você pensa que jamais poderá vencer, imagine Jesus descendo e Se ajoelhando ao seu lado, sussurrando-lhe: “Você é muito amado.”

Passemos ao verso 12: “Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras.” Quando as palavras de Daniel foram ouvidas? Desde que dia? Desde o primeiro dia. Mas ele percebeu essa realidade enquanto orou por três semanas? Recebeu ele recebeu alguma evidência a respeito? Daniel não tinha nenhuma evidência de que suas orações estavam sendo ouvidas, mas foram ouvidas, embora não soubesse disso.

Por isso, quando você orar e não vir nenhuma evidência de que suas orações estão sendo ouvidas, desde o primeiro dia que você ora suas preces são ouvidas e Deus está providenciando a solução, mesmo que você não possa ver diretamente o que Ele está fazendo.

O capítulo que estamos estudando nos mostra os bastidores do grande conflito entre o bem e o mal. Não existe nenhum lugar na Bíblia que explique o que acontece quando você ora, como em Daniel 10. Vários textos da Bíblia apelam para que oremos. Jesus disse: “Pedi e dar-se-vos-á.” No capítulo 10 de Daniel, a Bíblia descreve a ciência da oração e o terrível combate entre o bem e mal. Fala do conflito milenar entre Cristo e Satanás. 

Leiamos o verso 12: “Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus…” “Suas palavras foram ouvidas, mas agora, no fim de três semanas, vim para respondê-las. - Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias.” Explicou o anjo Gabriel: “Olhe, Daniel, vou explicar-lhe por que parecia que sua oração não estava sendo respondida. Vou mostrar-lhe a grande controvérsia entre o bem e o mal. Quando você orou, suas súplicas chegaram até o Céu e Deus procurou influenciar o rei Ciro da Pérsia. O problema foi que o príncipe do reino da Pérsia intrometeu-se no esforço divino e influenciou o rei da Pérsia.” Interessante! O anjo falou sobre o príncipe da Pérsia. Mas o que significa isso? Ele não disse o príncipe da Pérsia, mas o príncipe do reino da Pérsia.

Vamos consultar agora João, capítulo 12. porque revela o que acontece na vida de seu filho, filha, marido, esposa, amigo, amiga, vizinhos, que não conhecem a Cristo. Veremos por que quando oramos, e algumas vezes nossas orações não são respondidas imediatamente. A Revelação nos descobre o que realmente acontece nos bastidores. Essa história ou drama é muito emocionante, pois é um conflito cósmico que tem efeitos universais.

João 12, verso 31. Satanás veio tentar a Jesus e o Salvador disse: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.” Quem é o príncipe deste mundo? Satanás. E quem era o príncipe do reino da Pérsia? Se Satanás é o príncipe deste mundo, ele também era o príncipe do reino da Pérsia. Portanto, Satanás estava impedindo que as orações de Daniel fossem respondidas, porque estava influenciando a mente do rei Ciro para não deixar os israelitas voltarem para sua terra.

Vamos ao livro de Efésios capítulo 2, verso 2: “Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.” Portanto, Satanás é o príncipe dos poderes do ar, aquele que trabalha com o espírito da desobediência.

De volta ao capítulo 10, começamos a montar o quebra-cabeças. Daniel orou e enquanto ele orava, suas orações subiram a Deus, e no mesmo instante Deus mandou o anjo Gabriel para influenciar a mente do rei Ciro. Veja como Deus respeita nossa liberdade de escolha. Ele nunca manipula a vontade das pessoas, não as coage. Daniel orou e suas preces subiram até Cristo no Santuário Celeste. O Senhor Jesus disse a Gabriel: “Eu respeito a oração de Daniel e sua liberdade de escolha.” Deus impôs-Se limites na controvérsia entre o bem e o mal. Deus enfrenta barreiras ou limites. Ele não irá forçar ou desrespeitar a liberdade de escolha. Deus respeitou o livre arbítrio de Ciro e não foi além do limite. Deus enviou Seu Espírito Santo para trabalhar na mente de Ciro. Mas quando Daniel orou e sua prece chegou aos céus, ele abriu novos caminhos na controvérsia entre o bem e o mal, porque Deus pode olhar para Satanás e dizer: “Satanás, Eu preciso respeitar a liberdade de escolha de Daniel e ele está orando por Ciro. Então irei dobrar Meus anjos e enviarei grandes fontes de força espiritual para abrir a mente de Ciro.”

O que aconteceu quando Gabriel desceu até a corte persa? Verso 13: “Mas o príncipe do reino da Pérsia [Satanás] me resistiu.” Então, Satanás lutou contra Gabriel, porque ele iria dissipar a escuridão e a mente de Ciro poderia ser aberta. O rei teria oportunidade de tomar sua decisão. Gabriel iria imobilizar todas as forças do inferno que rodeavam a mente de Ciro. Ele iria afastar todas as influências más que incidiam sobre a mente do monarca. Mas quando ele começou fazer isso, o príncipe do reino da Pérsia, Satanás, apresentou-se pessoalmente, porque não queria que o povo de Daniel voltasse para Jerusalém a fim de adorar o Deus verdadeiro. Ele os queria manter no cativeiro. Então aconteceu um terrível combate na mente de Ciro. As forças do bem contra as forças do mal; as forças de Cristo e as de Satanás; os exércitos do certo e os do errado.

Em sua vida, você já teve de escolher entre o certo e o errado? Já houve momentos em que você sabia o que era certo, mas pareceu-lhe tão difícil fazê-lo? A gente sente a batalha dentro da alma, da mente, do coração. É preciso estar morto para não a sentir. Essa controvérsia aconteceu na mente de Ciro, mas as orações de Daniel trouxeram ajuda celestial para aquela situação.

Mas veja o que aconteceu. Verso 13: “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias.” Aconteceu uma batalha de vinte e um dias de duração. O que teria sucedido se Daniel tivesse cessado de orar depois de sete dias? Satanás teria vencido a batalha. O que aconteceria se ele parasse de orar depois de catorze dias? Satanás teria ganho a guerra. Percebeu? Se Daniel tivesse interrompido suas orações, a batalha estaria perdida para o Céu.

Veja, querido e querida participante do jejum de Daniel, você ora neste momento e depois fica um ano sem orar. A razão de suas orações nem sempre serem respondidas imediatamente, é porque existe um conflito entre anjos bons e maus na mente de cada pessoa. Não desista! Continue levantando suas mãos sempre mais e mais alto, porque se você parar de orar, deixa o território livre para Satanás e sua batalha estará perdida.

Daniel 10, verso 13: “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu” Satanás em pessoa estava lutando por 21 dias. “Então Miguel, um dos primeiros príncipes…” “algumas traduções dizem: o primeiro dos príncipes” “veio para ajudar-me.” Gabriel disse: “Recebi reforços. Miguel desceu!” Quem era Miguel? Vamos descobrir na Bíblia quem era esse misterioso príncipe Miguel que entrou na arena humana da batalha.

Miguel, o grande Conquistador, chegou. Miguel, o Todo-Poderoso General, veio em auxílio liderando as tropas celestes. Miguel desceu e derrotou Satanás. Quem quer que seja Miguel, conclui-se, sem muito esforço, que ele é mais poderoso que Satanás.

Leiamos algumas passagens da Bíblia para identificá-lo (Apocalipse 12:7-9; Judas 9; Daniel12:1 e 2). Ele é mencionado em apenas cinco lugares. Antes de lermos esses textos é bom lembrar um detalhe importante: todas as vezes que Miguel é mencionado, está em conflito com Satanás. O nome Miguel é um nome de guerra. Apocalipse 12, versos 7 a 9: “E houve guerra no céu…” Não é esse um lugar estranho para haver guerra? “… Miguel e os seus anjos…” Miguel tem anjos que estão sob suas ordens e lhe são leais. Esses “batalharam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam”. Quem é o dragão? Satanás. Como podemos saber isso? Verso 9: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás.” Então o dragão, Satanás, estava lutando contra Miguel e os seus anjos. Quem venceu? Miguel venceu e o dragão foi derrotado. Quem quer que seja Miguel, ele era suficientemente poderoso, tinha anjos a seu lado e autoridade para expulsar a Satanás do céu.

O próximo texto está em Judas, verso 9: “Mas, o Arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés.” Você sabe que Moisés queria entrar na terra prometida. Deus, porém, permitiu que ele morresse antes disso. Miguel disputou o corpo de Moisés com Satanás, e quem quer que seja Miguel, ele tinha poder para derrotar Satanás e ressuscitar Moisés. Quando no monte da transfiguração, dois homens apareceram ao lado de Jesus: Moisés, que morreu e foi ressuscitado e Elias, que foi para o céu sem ver a morte. Moisés representando aqueles que morreriam e ressuscitariam antes de Jesus voltar, e Elias representando aqueles que iriam para o céu sem conhecer a morte.

A Bíblia diz que Miguel, o arcanjo, contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés para ressuscitá-lo. Quem tem a autoridade para ressuscitar as pessoas? Jesus. Mas você pode replicar em dúvida: Mas esses versos falam em Miguel, e você o identifica como Cristo? A palavra Miguel significa aquele que é como Deus. Jesus é como Deus? Sim. Mas, podemos concluir que Jesus era um anjo? A palavra arcanjo significa comandante e chefe dos anjos. Uma das funções de Cristo é comandar os anjos. Pegue sua Bíblia e abra em 1 Tessalonicenses 4:16 e 17. Esse verso nos ajudará a esclarecer o ponto.

Quando Jesus voltou para o céu, voltou em poder e glória. Vamos aos versos: “Pois o mesmo Senhor, descerá do céu…” Quem é esse Senhor que desce do céu? “… com grande brado e a voz do Arcanjo ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois, nós os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares.” Jesus vem com voz de Arcanjo. Ele virá com muitos anjos, como o comandante e chefe dos guerreiros celestiais. Ele vem como Arcanjo, como alguém superior. O termo grego arch significa superioridade, primazia, proeminência e também o que comanda, que chefia.

Ele está sobre, acima, dos anjos. Ele não é uma criatura. Jesus não teve princípio nem fim. E o nome Miguel? Jesus tem muitos nomes na Bíblia. Jesus é o Cordeiro, porque é nosso sacrifício pelo pecado. Ele é a Porta para a salvação; é a Rocha Eterna porque podemos firmar nossos pés sobre Ele. Tentemos lembrar-nos de alguns outros nomes dados a Jesus. Ele é o Leão de Judá, o Salvador, o Príncipe da Paz, o Consolador, o Bom Pastor, Emanuel, Rosa de Saron, Lírio do Vale… Por que tantos nomes para Jesus? Por que Ele é a Rocha, mas também o lírio do vale? Ele é a Rocha porque dá solidez à nossa vida; Lírio do Vale porque perfuma nossa existência. Por que Ele é a Porta? Porque Ele é o caminho para a salvação. Por que Ele é o Bom pastor? Porque nos guia e lidera. Por que Ele é conhecido como a Estrela da Manhã, a estrela do dia? Porque Ele é a luz magnificente que nos guia na escuridão de nossas noites.

Existem muitos nomes para Jesus porque Ele é tudo para nós. Mas, e o nome Miguel? Por que Miguel é um dos muitos nomes de Jesus? Miguel é um nome especial e Deus o usa para descrever Cristo como Comandante e Chefe de todos os anjos, Aquele que tem poder sobre Satanás e que pode expulsar todos os demônios. Quando precisamos de força extra, Miguel vem. Quando precisamos de poder, Miguel vem. Quando precisamos vencer as forças do inferno, Miguel vem.

Lembre-se de que nos últimos dias haverá um período de crise terrível e inusitada, e todas as forças do inferno lutarão contra o povo de Deus. Voltemos para Daniel 12. Sou muito feliz porque Jesus é o Cordeiro imolado, mas sou feliz também porque Ele é o Todo-Poderoso conquistador, meu Amigo íntimo. Sou muito feliz porque Jesus é meigo e gentil. Sou extremamente feliz porque Ele tem poder e autoridade sobre o inimigo. Aquele que é como Deus pode expulsar a Satanás do céu e de sua vida. Aquele que ressuscitou Moisés pode fazer você ressuscitar em novidade de vida. Aquele que venceu Satanás no céu, vai derrotá-lo também em sua vida.

“Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que protege os filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo.” Todas as vezes que se lê sobre Miguel, existe libertação. Observe esta cena. Daniel está ajoelhado e ora: “Ó Deus, o tempo se prolonga, se dilata; ele tem se estendido. Os setenta anos já se acabaram e a profecia não se cumpriu. Ainda estamos sujeitos ao cativeiro. Sensibiliza-te, Senhor, e faze com que o rei Ciro assine o decreto que liberta os judeus da servidão.”

Sua oração chega até o céu já no primeiro dia. Imediatamente Cristo dá ordem ao Seu ajudante de ordens, o anjo Gabriel: “Gabriel, desça e trabalhe na mente de Ciro, afastando os pensamentos malignos.” Gabriel veio e começou seu trabalho. A luz começou a brilhar na mente de Ciro, mas Satanás disse: “Não. Vou lá pessoalmente para manter Ciro sob domínio.”

Daniel não parou de orar, porque se assim fizesse a batalha seria perdida. A certa altura das súplicas de Daniel, Miguel diz: “Basta!” O Poderoso Conquistador, o Comandante-em-Chefe dos exércitos celestes, o Onipotente Libertador veio e expulsou as forças infernais da mente do rei Ciro, e ele assinou o decreto libertando o povo de Daniel.

A oração não é um artifício psicológico. Ela nos liga ao trono de Deus e produz maravilhosos resultados. Todas as forças do céu vêm em auxílio de quem clama em oração. Leiamos Daniel 10, verso 14: “Agora vim, para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias.” Ele diz: “Esse é o cenário final. Nos últimos dias haverá um conflito e as mentes dos homens serão envolvidas pela escuridão. Satanás em pessoa, sabendo que o tempo é pouco, irá comandar a batalha. Nos últimos dias ele virá para enganar e destruir.”

  Na Bíblia, Satanás é chamado de serpente porque engana; é chamado de dragão porque destrói. E você e eu não podemos enfrentá-lo sozinhos, pois ele é o dragão, a antiga serpente que introduziu a tentação e o pecado no mundo.

Daniel, verso 19: “Disse ele: Não temas, homem muito amado, paz seja contigo; sê forte, e tem bom ânimo. Falando ele comigo, fiquei fortalecido, e disse: Fala, meu Senhor, porque me fortaleceste.” Na batalha entre o bem e o mal, na batalha entre Cristo e Satanás, quando nos sentimos fracos e estamos a ponto de desistir de tudo; quando sentirmos que as tentações de Satanás estão nos suplantando e as forças inimigas qual mar tormentoso estão tragando o castelo de areia de nossa vida; quando percebermos que quanto mais nos esforçamos, mais fracos somos, procuremos por Miguel, de joelhos, e Ele virá. O Poderoso Vencedor expulsa as forças do inferno e torna-nos vitoriosos. Louvemos o Seu Santo nome. 

Oremos: “Pai nosso, enquanto estudamos o capítulo 10 de Daniel, percebemos que mesmo que não vejamos nossas orações respondidas de imediato, Miguel, o Invencível Conquistador, está lutando por nós, por nossos filhos e filhas, esposos, esposas e amigos. Essa é uma batalha real, e enquanto oramos, Miguel desce, derrota as forças do inferno e faz triunfar o reino de Deus. Nós Te agradecemos, Pai, por Miguel ser nosso amigo e porque a grande força do Universo está do nosso lado. Em nome de Jesus, amém.”


@anisacheirodeafeto



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