quarta-feira, 24 de novembro de 2021

"Daniel 9"

 “Repreendo e disciplino aqueles que eu amo.

Por isso,

seja diligente e arrependa-se". 

Apocalipse 3:19


Há mais de 2.000 anos, quando Jesus esteve na Terra, Ele prometeu que voltaria. E a impressão é que a volta de Cristo está hoje atrasada, mas essa demora é só para nós e não para Deus, porque o que Deus faz as coisas sempre pontualmente.

Vamos agora abrir a Bíblia no capítulo 9 de Daniel. Esse capítulo revela, talvez, mais claramente do que qualquer outra parte da Bíblia, que Deus é sempre pontual. Os planos de Deus não sofrem atraso ou adiantamento. Podemos pensar que a volta de Cristo à Terra está atrasada, mas Deus tem um esquema divino para cada evento. Sabemos que a Bíblia não nos diz o dia nem a hora da volta de Jesus, mas indica que as profecias acontecem exatamente como Ele predisse.

Veremos neste capítulo, o exato momento ou o período em que o final do tempo começou. A Bíblia nada nos diz sobre a data exata do fim, mas nos mostra eventos que ocorreriam no panorama histórico e revela quando o tempo do fim teria início.

Daniel capítulo 9, verso 1: “No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,” Espere um momento, que ano seria esse, o primeiro ano de Dario? Você está lembrado de que os medos-persas derrotaram os babilônios em 539 AC. Daniel foi levado prisioneiro pelos babilônios em 605 AC, com 17 anos. Então, ao tempo da narrativa do capítulo 9, ele deveria ter 83 ou 84 anos, quase no fim da vida. Verso 2: “No primeiro ano do seu reinado, eu Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de transcorrer sobre as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.” Daniel estudava a Bíblia e enquanto prisioneiro em Babilônia, estudava as profecias de outro profeta. Que profeta? Jeremias. Esse profeta havia escrito que quando Babilônia derrotasse Jerusalém, o cativeiro duraria cerca de 70 anos, e Daniel sabia disso. Ele sabia que essa profecia estava no fim, que Deus sempre mantém Suas promessas e que os planos divinos não se adiantam nem se atrasam.

Daniel estava preocupado porque não via como se daria o cumprimento da profecia, e por isso começou a orar. Sua oração está registrada no capítulo 9 dos versos 3 ao 20: “ó Deus, livra meu povo do cativeiro dos babilônios. Ó Deus, ajuda a Dario aprovar um decreto que dê liberdade ao meu povo.” “Dirigi o meu rosto ao Senhor Deus para o buscar com coração e rogos, com jejum, pano de saco e cinza. Orei ao Senhor meu Deus, confessei e disse: Ó Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que Te amam e guardam os Teus mandamentos.”

Os 70 anos de cativeiro estavam acabando e Deus tinha um plano.

Daniel agradece ao Senhor por guardar a Sua aliança. Os seres humanos não conhecem, nem têm a menor condição que conhecer o futuro, mas Deus sabe e conhece. Eles não possuem poderes, autoridade e sabedoria para alterar o futuro. Pouco podemos fazer para modificar o grande panorama dos acontecimentos, através dos séculos e milênios. Mas o Grande Deus do Céu é muito sábio e sabe perfeitamente o que fazer, sendo suficientemente poderoso para levar avante Seus desígnios.

Daniel ora, dizendo: “pecamos e cometemos iniquidade.” Em seguida ele nos dá um relato dos pecados de Israel. Daí em diante ele passa a tratar com o que eu chamo de “lei de causa e efeito”.

Você pode encontrar essa lei em Daniel 9, verso 13 e 14: “Como está escrito na lei de Moisés, todo esse mal nos sobreveio; apesar disso, não temos implorado o favor do Senhor nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades, e para alcançarmos discernimento da Tua verdade. Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós.”

A Lei da Causa e Efeito diz simplesmente isto: Quando qualquer pessoa, qualquer família, qualquer nação, consciente e voluntariamente deixa o Senhor, perdem as bênçãos e a proteção divina. Em consequência, sua vida se enche de preocupações, tristezas e destruição, as quais não existiriam caso não tivessem escolhido o estado de rebeldia. Deus é tão amoroso que não pode gerar nos humanos preocupações, tristezas, divórcios e acidentes automobilísticos ou de qualquer outro tipo. Nossa rebeldia é que repele Suas bênçãos, dando ao diabo permissão para causar problemas que, em outra situação, ele não poderia. Daniel 9: 13 diz: “… Para nos convertermos das nossas iniquidades, e para alcançarmos discernimento da Tua verdade.”

Algumas vezes Deus nos ensina através do sofrimento o que não aprenderíamos em momentos de alegria. A história de Israel é a narrativa de uma nação a quem Deus ensinou através de grande sofrimento por causa da sua rebeldia.

Não sei o que você pensa, mas eu quero que minha família seja obediente a Deus, para não precisar passar por problemas e dificuldades que se tornariam necessários com o propósito para levar nossas mentes e corações a Deus. Alguém disse que só olhamos para cima quando estamos lá embaixo. Espero que sejamos sábios. A Bíblia diz: “Aquele que tem ouvidos, ouça e aprenda.”

Tudo o que aconteceu com Israel, seu cativeiro, sofrimentos e desapontamentos, foi escrito como exemplo para nós, sobre quem o fim do mundo virá, para que tenhamos esperança. Prefiro aprender quando Deus me dá um gentil toque nos ombros e responder ao Seu amor, do que continuar rejeitando Sua voz e evitando Seu toque. Desejo aprender com alegria o que não quero conhecer pelo sofrimento, e você?

Daniel continua a tratar da profecia no verso 21. Ele revela profunda preocupação sobre quando seu povo sairá de Babilônia e voltará para Jerusalém a fim de reconstruir o santuário de Deus.

Daniel estava preocupado com seu povo: “Estamos presos, cativos e precisamos sair de Babilônia.” Ele orou para que os 70 anos de cativeiro terminassem e todos pudessem voltar para Jerusalém e adorar a Deus. Enquanto estava orando, o anjo Gabriel veio até ele e disse: “Daniel, eu responderei a sua oração de forma muito mais ampla. Mostrarei quando o povo de Deus deixará Babilônia e quando a verdade sobre a adoração no verdadeiro santuário será revelada. A verdade sobre Jesus, o Cordeiro de Deus, o verdadeiro Sumo Sacerdote, a verdade sobre a lei de Jesus e a obediência. Quero mostrar-lhe alguma coisa, Daniel, não sobre o santuário terrestre e a restauração da adoração para os judeus, mas sobre o fim do tempo, quando a verdadeira adoração será restaurada no mundo, antes da volta de Jesus.” Deus respondeu à oração de Daniel de uma maneira mais abrangente e significativa do que o profeta poderia ter imaginado.

Vamos ler Daniel 9, verso 21: “Estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio. Ele veio para perto de onde eu estava; e vindo ele, fiquei assombrado, e caí com o rosto em terra. Mas ele me disse: Entende, filho do homem, porque esta visão se realizará no fim do tempo.” Gabriel veio até o velho servo de Deus e disse: “Daniel, agora irei explicar a visão para que você entenda o sentido.” O profeta não tinha entendido a visão do final do capítulo 8. Gabriel, então, disse: “Entende, filho do homem, porque esta visão se realizará no fim do tempo.”

A visão dos 2.300 dias, da purificação do santuário, segundo o anjo Gabriel, referia-se ao final dos tempos. Certas pessoas, mesmo alguns estudantes da Bíblia, dizem que os 2.300 anos têm a ver com os dias depois de Daniel, e que o pequeno chifre está relacionado a alguns eventos históricos que ocorreram antes de Jesus.

Mas o que diz a Bíblia? “Entende, filho do homem, está visão se realizará no fim do tempo”, explica Gabriel. Prefiro acreditar na palavra de Gabriel do que no que alguns teólogos dizem. E você?

A visão referia-se a que tempo? Tempo do fim. Gabriel começou a explicar a visão dos 2.300 dias e esclareceu que ela nos leva ao fim dos tempos. Enquanto ele explicava os símbolos da visão - cordeiro = Medo-Pérsia, bode = Grécia, pequeno chifre = Roma Pagã, falou sobre o poder que estabeleceria seu sacerdote terrestre, que mudaria a lei de Deus e se estabeleceria em Roma.

O anjo, então, estava prestes a explicar sobre o tempo da purificação do Santuário, quando aconteceu algo com o profeta (Dan. 8:27): “Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse.” “Eu desmaiei, eu estava espantado com a visão, mas eu não a entendi.” Quem estava explicando a visão para Daniel? Apesar de toda a sua privilegiada inteligência Daniel não entendeu.

No capítulo 9, Daniel está orando e pensando sobre o cativeiro de Israel. Pede ele a Deus que o ajude a entender o mistério sobre os judeus, seu cativeiro e a purificação do santuário. Ele não entende os 2.300 dias. Dizem os versos 21 e 22: “Sim, enquanto eu estava ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora da oblação da tarde. Ele me instruiu e falou comigo, dizendo: Daniel, vim agora para fazer-te sábio e entendido.”

Gabriel retomara das cortes celestiais para esclarecer o angustiado e venerando profeta. Verso 23: “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para declará-la a ti, porque és muito amado.” “Daniel você não é uma folha flutuando na brisa do outono. Não é uma pinha seca presa à sua árvore, uma pedra na beirada da estrada. Você é muito amado.” Quando nos ajoelhamos para orar, Deus sussurra em nossos ouvidos como o fez a Daniel: “Você é muito amado. Você pertence ao Meu coração.”

A seguir, Gabriel completou: “Considera, pois, a palavra e entende a visão.” Que visão? A visão que ele estava explicando no capítulo 8, quando Daniel não entendeu e desmaiou, a qual versava sobre a purificação do santuário. Daniel não compreendera a mensagem dos 2.300 dias. O anjo continua (verso 24): “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua Santa Cidade, para fazer cessar a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Ungido, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas.”

Quem era o povo de Daniel? Os judeus. Gabriel disse que setenta semanas estavam determinadas sobre o povo de Daniel. Nas profecias bíblicas, um dia profético é igual a um ano literal. Por favor, não me interprete mal. Quando a Bíblia fala de um dia comum, quer dizer um período literal de 24 horas, e não dez, cem ou mil anos. Está escrito em Gênesis sobre tarde e manhã como compondo um dia completo de 24 horas. Jonas passou três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim Jesus estaria “no ventre da terra” durante o mesmo período. Jesus morreu na sexta-feira e no terceiro dia ressuscitou. Na Bíblia um dia é um dia, mas quando falamos de profecias, uma profecia simbólica, é óbvio que os símbolos são proféticos.

Você já caminhou pela cidade e deparou um leopardo com quatro cabeças e que também tivesse asas? Ou um leão com asas de águias? Você deve observar se a profecia for simbólica, então os períodos de tempo também serão simbólicos. Em Daniel e Apocalipse, onde temos períodos e imagens simbólicos, um dia é igual a um ano, mas essa regra não é aplicável a todas as vezes que se encontra a palavra dia na Bíblia. Nas profecias de Daniel e Apocalipse um dia profético é igual a um ano literal.

Gabriel falou em setenta semanas. Quantos dias tem uma semana? Sete. Então, temos setenta semanas proféticas de sete dias por semana. Setenta vezes sete são 490 dias. Portanto, 490 dias perfazem setenta semanas, e sendo um dia igual a um ano em profecia simbólica, temos 490 anos.

Gabriel aparece e diz: “Setenta semanas desse período, ou 490 dias, ou 490 anos, estão determinados sobre o teu povo.” Os 490 dias se aplicam aos judeus. Qual o significado da palavra determinados? O livro de Daniel foi escrito em aramaico e hebraico, e existe uma palavra hebraica interessante chamada Yatok, que significa cortado ou separado de. Assim podemos entender a explicação do anjo: “Daniel, os 490 anos foram cortados, isolados ou separados dos 2.300 anos. A primeira parte dos 2.300 anos ou 490 anos, se referem ao teu povo.” E ele então revela a Daniel o que vai acontecer nesses 490 dias proféticos.

Esse período de quase cinco séculos é a mais emocionante e excitante profecia de todo o Velho Testamento, por ser tão acurada e mostrar que Deus é muito pontual. Gabriel diz ao velho profeta: “Serão 2.300 anos contados de hoje até o final dos tempos. Mas os primeiros 490 anos estão determinados ao teu povo, os judeus. Durante esse tempo muitas coisas haverão de acontecer.” E Gabriel completou: “Deixe-me mostrar-lhe onde esse período começa.” Preste atenção, Daniel: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Ungido, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas. As praças e as tranque iras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.” (Daniel 9:25).

Os judeus estavam cativos a 70 anos e Daniel estava preocupado em saber quando o povo seria libertado, obteria permissão para voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade e seus muros, e adorar a Deus em paz. Então o anjo Gabriel começou com um evento que era muito importante para Daniel. O tempo deveria ser contado a partir da saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém, até o Ungido, o Príncipe. Quem é o Ungido, o Príncipe? Jesus, sem sombra de dúvida.

A colocação de Gabriel é clara. A partir de algum evento político, um decreto, ordenando que os judeus voltassem para sua terra e reedificassem Jerusalém e reinstaurassem a adoração a Deus, transcorreriam sete e mais sessenta e duas semanas (de anos) até o Cristo, o Messias. Ainda restaria mais uma semana profética para completar as setenta anunciadas. Quantos dias são 69 semanas proféticas? Se um dia profético é igual a um ano literal, conforme EzequieI4:6: “Um dia te dei para cada ano” — sessenta e nove semanas somam 483 dias-anos.

Desde o decreto para restaurar Jerusalém até o Messias, Jesus Cristo, haveria exatamente 483 anos. Quando foi emitido o decreto para restaurar Jerusalém? Esdras, capítulo 7, tem a resposta. Na realidade, foram baixados três decretos; o terceiro deles foi expedido por Artaxerxes Longímano, e era muito significativo porque permitia aos judeus não só partir, como também restabelecer a adoração a Deus com seu próprio sacerdote, permitindo ainda que formassem uma comunidade religiosa independente.

Esdras 7, verso 13: “Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas…” Por isso era tão importante, porque permitia os sacerdotes e levitas voltar e organizar a adoração. “… Que quiser ir contigo a Jerusalém, vá.” Agora o verso 27: “Bendito seja o Senhor Deus de nossos pais, que pôs no coração do rei o desejo de honrar a casa do Senhor, a qual está em Jerusalém.” Esse era um decreto especial. Eles podiam ir embora e construir o templo. Eles podiam ir embora e organizar a adoração.

A lei de retorno à pátria de Israel foi decretada em 457 AC. A partir dele seriam contadas as 69 semanas e mais uma, até completar os 490 anos proféticos.

Imaginemos uma linha do tempo e suponhamos que eu esteja andando sobre ela. Cada passo representa um ano e eu ando 457 passos, a partir de um ponto inicial chamado decreto de Artaxerxes, emitido em 457 AC. Quando encerrar os passos a que me propus, chegarei a zero. Qual é a referência histórica para o ano zero? Nenhuma. Você chegará ao ano 1 DC. Mas precisamos andar nesta linha do tempo por 483 anos. Bem, se andarmos esses 483 anos chegaremos ao ano 27 DC, porque não existe ano zero. Segundo a Bíblia, em 27 DC, o Messias surgiria. A propósito, você sabe o significado da palavra Messias? Ela procede do termo hebraico machiach e quer dizer “o ungido”.

E o que aconteceu exatamente em 27 DC? Precisamente nesse ano Jesus Cristo, o Messias, foi batizado. A Bíblia não adivinha, ela sabe. Daniel profetizou, centenas de anos antes, a data exata do batismo de Cristo. Jesus Cristo foi batizado no rio Jordão em 27 DC. Quando Jesus saiu das águas, o Espírito Santo desceu sobre Ele e ungiu-O.

Vamos ver Lucas, capítulo 3, verso 1: “No décimo quinto ano do reinado de Tibério César,” O décimo quinto ano do reinado de Tibério César deu-se em 27 DC. Vejamos o que aconteceu naquele ano. Lucas 3, verso 21: “Quando todo o povo se batizava, Jesus também foi batizado. E, enquanto Ele orava, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba. E ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho amado, em Ti Me comprazo”.

Até o seu batismo, Jesus trabalhou na carpintaria de José, em Nazaré. Mas aos 30 anos, foi batizado e a partir daí exerceu Seu ministério salvador durante três anos e meio como o Messias. Ele foi ungido pelo Espírito Santo.

Os eventos do esquema divino sucedem de acordo com a previsão bíblica. Daniel capítulo 9, verso 25: “Sabe e entende desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o Ungido, o Príncipe [batismo e unção de Cristo] serão sessenta nove semanas [483 anos].” Verso 26: “Depois das sessenta e duas semanas será tirado o Ungido [Cristo].” O que significa “tirado”? Crucificado, sacrificado por nós, os pecadores!

“E depois das sessenta duas semanas será separado o Messias, e não será mais, e o povo do príncipe que há de vir, destruirá a cidade.” Trinta e nove anos e meio após a morte de Jesus Cristo, a cidade de Jerusalém foi a destruída por Tito Vespasiano (70 DC). A Bíblia previra que o santuário terreno seria destruído por Tito. “… E o santuário, e o seu fim será com uma inundação.” Milhares de judeus foram mortos pelos soldados de Tito no cerco de Jerusalém - e até o fim haverá guerra: estão determinadas assolações.” O santuário terrestre seria destruído por causa da crucificação de Cristo, por causa da rejeição do Messias. O verso 27 diz: “Ele [o Messias] firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares.” Ele iria firmar um pacto com muitos por uma semana.

Sessenta e nove das setenta semanas determinadas para os judeus haviam-se acabado. Havia, porém, uma semana de sobra. Uma semana profética, ou sete anos, que teria início em 27 DC. Se somarmos 27 com 7 obtemos 34 DC. No meio desse período de tempo, a Bíblia diz: “e na metade da semana”, o Messias seria crucificado.

Preste muita atenção. O decreto saiu no outono de 457 AC. Quatrocentos e oitenta e três anos depois chegaríamos ao outono de 27 DC., exatamente quando Cristo foi batizado. Três anos e meio, desde outono de 27, onde nos levarão? Se somarmos três anos ao outono de 27, chegaremos ao outono de trinta, porém, mais seis meses ou meio ano, porque são três anos e meio depois do outono de 27, chegaremos à primavera de 31 DC. O que aconteceu na primavera de 31 DC? Cristo iria firmar o eterno concerto através de Seu sangue derramado na cruz. Ele seria crucificado e faria cessar o sistema sacrificial judaico.

Os versos da profecia nos dizem que o Messias seria crucificado e faria cessar os sacrifícios no décimo quarto dia do primeiro mês judeu, no ano de 31 DC. Essas profecias se cumpriram com exatidão.

Daniel profetizou que no dia da Páscoa, quando o sumo sacerdote estivesse oferecendo o cordeiro pascal diante de Deus, Cristo estaria sendo sacrificado na cruz do Calvário. O apóstolo Paulo afirmou que Cristo, nosso cordeiro pascal, foi sacrificado por nós.

É impressionante! Ficou claro que Jesus é mais do que apenas um bom homem, um sábio filósofo e professor de religião. Ele é Divino Filho de Deus, o Cordeiro de Deus morto pontualmente por nós, por nossos pecados, como a profecia bíblica havia previsto. Podemos confiar nesse Cristo; podemos ter fé em Seu Livro. Ele é o Messias, o Salvador da humanidade. A Bíblia diz que, de acordo com as profecias de Daniel, o concerto com os judeus iria terminar em 34 DC. Setenta semanas proféticas, ou 490 anos, estavam determinadas sobre o povo judeu.

No final desses 490 anos, em 34 DC, os judeus selariam seu destino como povo de Deus. Logicamente que como indivíduos poderiam fazer parte do povo de Deus que viria depois. Qualquer pessoa, muçulmano, indiano, judeu, cristão, só é salvo através do sangue de Cristo. Mas os judeus não seriam mais a nação escolhida após 34 DC.

Em 34 DC, Estevão, o primeiro mártir cristão, foi apedrejado. Os líderes judeus rejeitaram o evangelho e esse passou a ser disseminado entre os gentios. Podemos ler essa maravilhosa história no livro de Atos, quando o sumo sacerdote fez um discurso no apedrejamento de Estevão, renunciando a fé cristã, rejeitando a Jesus como o Messias. Em 34 DC, o evangelho passou a ser pregado aos gentios e a primeira parte dessa profecia se cumpriu.

Recapitulemos as previsões sobre o Messias. O decreto foi promulgado em 457 AC; 483 anos no futuro, o Messias, o Ungido, viria e seria batizado. Cristo foi batizado exatamente na data estabelecida. No meio daquela semana profética, o Messias, Jesus Cristo, seria tirado ou crucificado.

Ele foi crucificado na primavera de 31 DC. Três anos e meio após esse acontecimento, chegamos ao outono de 34 DC. Nessa ocasião, o evangelho passaria para os gentios. E assim aconteceu, como a profecia bíblica havia previsto. O decreto foi sancionado no tempo profetizado, Cristo foi batizado e crucificado no tempo previsto; o evangelho passou aos gentios no tempo certo. Mas lembre-se de que essa é a primeira parte da profecia — os 490 anos que se refere aos judeus.

O que o anjo Gabriel explicou para Daniel sobre a profecia? Os primeiros 490 dos 2.300 anos findariam em 34 DC. Essa fração do grande período de 2.300 anos referia-se ao povo de Daniel, e à primeira vinda de Cristo. A última parte diz respeito ao moderno povo de Deus e à segunda vinda de Cristo. Deus usou um acontecimento que pudemos constatar — a primeira vinda de Cristo — para que compreendêssemos aquilo que não podemos ver — a segunda vinda de Cristo. Ora, se os acontecimentos da primeira parte da profecia se cumpriram pontualmente, obviamente os eventos da segunda parte também hão de se cumprir.

“E Ele me disse: até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado.” Danie18:14. O anjo revelou que a purificação do santuário aconteceria no final dos tempos. Já que um dia profético é igual a um ano literal, os dois mil e trezentos anos nos levam até o tempo do fim. Mas como podemos descobrir isso? Dois mil e trezentos menos 490 anos resulta em 1.810 anos. Os primeiros 490 anos terminaram em 34 DC. Os restantes 1.810 anos referem-se ao povo de Deus no fim dos tempos. Se adicionar 34 DC a 1.810 anos chegaremos a 1.844 anos. Em outras palavras, se iniciarmos em 457 AC e continuarmos por 2.300 anos, chegaremos ao ano de 1844 DC. Esses 1.810 anos referem-se ao período chamado na Bíblia de final dos tempos, onde ocorre o juízo final antes da vinda de Cristo.

Ao cabo de 2.300 anos, a verdade sobre Jesus, o Cordeiro morto, nosso Sumo sacerdote e a Lei de Deus será restaurada. Até 2.300 dias e Deus estabeleceria Seu juízo sobre as nações. Fracos e fortes serão julgados e achados culpados. O povo de Deus será purificado e exaltado diante do Universo.

Começando em 1844 de nossa era, assim como se fazia no antigo santuário hebreu, o povo de Deus se reuniu e orou durante o dia do Julgamento. Abriram seus corações para ser purificados pelo sangue do Cordeiro, ter seus pecados perdoados e receber a misericórdia de Deus. Eles examinaram seus corações para ver se não havia nenhuma rebeldia oculta, não confessada. Diziam: Senhor, perdoa-nos! Na última hora da história terrestre Deus convida homens e mulheres a virem a Ele. Estamos vivendo no tempo do Juízo final!

Desde 1844, Deus tem restaurado a verdade sobre as Escrituras para o mundo. Verdade que foi perdida durante os séculos, que foi obscurecida por tradições e doutrinas humanas. A verdade de que somos salvos somente por Cristo e que nossas boas obras não nos podem salvar. A verdade de que em qualquer preocupação ou dificuldade por que passarmos, precisamos não de um sacerdote terreno, mas de Jesus, nosso Sumo Sacerdote celestial. A verdade de que se nós O amarmos, permitiremos que Ele mude nossos corações e escreva Sua lei em nosso interior.

Jesus, nosso Salvador, está apelando a você e a mim, no final dos tempos. Estamos vivendo nos derradeiros instantes da história terrena.

Jesus veio como era previsto, da primeira vez; Ele foi batizado em 27 e crucificado em 31 DC. O evangelho passou a ser pregado aos gentios em 34 DC. Não houve nem mesmo um pequeno erro nas profecias, e desde 1844 o tempo está acabando.

O tempo está se esgotando rapidamente. Existe alguma coisa em sua vida que não esteja em harmonia com a vontade de Deus? Alguma coisa que o separe dEle? Você gasta tempo com Sua Palavra? Deseja conhecê-Lo através da Bíblia Sagrada? Está você faminto pelas verdades de Sua Palavra? Está disposto a abandonar qualquer tradição eclesiástica e humana para obedecer a Cristo?

Oremos: “Ó meu Pai, vivemos exatamente no fim; o tempo está acabando e Cristo logo voltará. Queremos ser fiéis à Tua Palavra, fiéis à Tua verdade, fiéis ao Teu Cristo. Nós Te agradecemos em nome de Jesus, Amém.”


@anisacheirodeafeto





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